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Confira os destaques desta quarta-feira (08/6)

Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)

Fome se alastra entre brasileiros

O número de brasileiros que convivem com a fome aumentou mais de 70% em um ano e chegou a 33 milhões no final de 2021 e início de 2022, mostrou pesquisa divulgada nesta terça-feira (08/6). No total, 125 milhões de pessoas no país padecem de algum grau de insegurança alimentar, quando há ao menos a preocupação com a possível incapacidade de obter alimentos ou com a qualidade da comida no futuro próximo. O primeiro inquérito, realizado no final de 2020, constatou que 19,1 milhões de brasileiros então conviviam com a fome, em 9% dos domicílios. Segundo a nova pesquisa, o problema agora afeta 15,5% dos domicílios.

Homem carrega cesta básica destribuída para moradores de favela em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

 

Conab mantém previsão de safra

A Companhia Nacional de Abastecimento elevou a estimativa de produção de soja e milho do Brasil na safra 2021/2022. Os dados do 9º levantamento referente ao ano-safra que termina neste mês foram divulgados nesta quarta-feira (8/6), em Brasília (DF). A safra total de grãos foi estimada em 271,3 milhões de toneladas, abaixo da estimativa inicial da estatal (288,6 milhões de toneladas), mas, ainda assim, 6,2% maior que a safra 2020/2021. A produção de soja foi revisada pela Conab, de 123,8 milhões para 124,27 milhões de toneladas. A produção de milho passou de 114,58 milhões para 115,2 milhões de toneladas, somando os três ciclos anuais da cultura monitorados pela Companhia Nacional de Abastecimento.

Colheita de milho em Santo Antonio do Jardim, interior de São Paulo (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Cesta básica mais cara do país

A cesta básica mais cara do Brasil no mês de maio foi a de São Paulo, apontou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na capital paulista, o custo médio da cesta foi de R$ 777,93. Dentre as 17 capitais brasileiras que são analisadas pela pesquisa, a cesta básica mais barata foi observada em Aracaju, onde o custo médio estava em R$ 548,38 em maio. No mês passado, o preço da cesta caiu em 14 capitais brasileiras na comparação com o mês anterior. A queda mais expressiva foi observada em Campo Grande (-7,30%), seguida por Brasília (-6,10%), Rio de Janeiro (-5,84%) e Belo Horizonte (-5,81%).

Consumidora faz compras em supermercado (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

 

Previsão de safra de café cai

A safra de café do Brasil deste ano foi estimada nesta quarta-feira (08/06) em 52,8 milhões de sacas, declínio de 3,7% ante o mês anterior, com uma produção menor que a esperada na variedade arábica, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a redução, a safra do Brasil ainda será 7,8% maior ante 2021, quando o país estava no ano de baixa do ciclo bianual do arábica. A colheita do café arábica, que está em andamento, foi estimada em 35,2 milhões de sacas, declínio de 5,9% frente ao mês anterior e alta de 9,8% ante o ano passado. Para o café canéfora (conilon/robusta), a colheita foi estimada em 17,66 milhões de sacas, aumento de 0,8% frente ao mês anterior e de 4,1% em relação a 2021.

Colheita de café do tipo arábica (Foto: REUTERS/Darren Whiteside)

 

Contratação de crédito rural

A contratação de crédito rural pelos agricultores superou o programado para o atual Plano Safra 2021/22 e alcançou R$ 252,46 bilhões de julho de 2021 até maio deste ano, faltando ainda um mês para encerrar a temporada. O montante representa um aumento de 18% em comparação com igual período da safra passada 2020/21. Em junho do ano passado, por ocasião do lançamento do Plano Safra 2021/22, o governo havia anunciado recursos da ordem de R$ 251,2 bilhões. Isso ocorreu porque, no decorrer do ano-safra, a disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas, a exemplo das LCAs e dos Fundos Constitucionais.

Aplicação de insumos em lavoura de soja (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Previsão de embarque de soja

As exportações de soja do Brasil em 2022 deverão somar 77 milhões de toneladas, com ligeira queda de 200 mil toneladas ante a estimativa divulgada no início de maio, enquanto o processamento da oleaginosa ficará um pouco acima das expectativas, com boas margens para produção de farelo e óleo, apontou nesta quarta-feira (08/06) a associação da indústria Abiove. A safra de soja do Brasil em 2022, com colheita já encerrada, foi ajustada para 125,5 milhões de toneladas, 100 mil a mais do que o apontado na estimativa anterior. Mas o volume, em uma temporada atingida pela seca no Sul no início do ano, ficará 9,6% abaixo do recorde de 2021, segundo a Abiove.

Navio carregado com soja no Porto de Santos (SP) (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Abate de bovinos cresce

Os pecuaristas do Brasil abateram 6,96 milhões de bovinos no primeiro trimestre, alta de 5,5% no comparativo anual, enquanto o abate de suínos marcou recorde para o período e o de aves caiu, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (08/6). Segundo o levantamento, que considera abates sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, todos os meses do trimestre apresentaram variações positivas em relação aos respectivos períodos de 2021 no segmento de bovinos, com destaque para março (+8%), mês de maior atividade, quando foram abatidas 2,47 milhões de cabeças. O abate de 361,75 mil cabeças de bovinos a mais no primeiro trimestre de 2022 foi impulsionado por aumentos em 18 das 27 unidades da federação.

Bovinos em confinamento (Foto: Divulgação/GDR)

 

Capacidade ociosa de biocombustíveis

Os altos preços do etanol e do açúcar levaram investidores a buscar acordos de fusão no Brasil, onde grande parte da capacidade ociosa de biocombustíveis poderia ser usada para ajudar a aumentar o abastecimento global de combustível e alimentos. "O Brasil é a Arábia Saudita da cana-de-açúcar, há capacidade não utilizada barata. Esse é o sonho do investidor", disse Craig Tashjian, sócio-gerente do fundo de investimento americano Amerra, que vem se expandindo para o setor brasileiro de cana-de-açúcar e etanol de milho. O Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo e o segundo maior em etanol, mas quase 30% de sua capacidade de moagem de cana está ociosa devido a dificuldades financeiras enfrentadas por empresas menores.

Colheita de cana-de-açúcar em Pradópolis (SP) (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

 
Source: Rural

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