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Especialistas debateram novas tecnologias de melhoria para a pecuária (Foto: Divulgação)

 

As emissões de metano, gás de efeito estufa produzido por diversas fontes, como aterros sanitários, queima de combustíveis fósseis, cultivo de arroz e no rúmen de bovinos, têm sido um importante desafio da pecuária. Mas essa realidade já está começando a mudar. Graças a uma série de novas tecnologias, o setor vem conseguindo reduzir a taxa de metano por quilo de carne ou litro de leite produzidos – e deve dar um salto ainda maior nos próximos anos.

Foi o que se viu no Fórum Metano na Pecuária: O Caminho para a Neutralidade Climática, realizado em São Paulo nos dias 4 e 5 de maio. O evento reuniu 22 especialistas de diferentes partes do mundo que fizeram palestras e participaram de debates sobre o tema.

A iniciativa foi uma parceria da JBS, líder global em produção de alimentos à base de proteína, que está empenhada em neutralizar as emissões de carbono da sua cadeia produtiva até 2040, e da Silvateam, líder mundial em produção de extratos
vegetais para alimentação animal.

O Fórum reforçou o engajamento do setor a um compromisso que o Brasil assumiu em novembro do ano passado, durante a COP26, em Glasgow, na Escócia. O país foi um dos mais de 100 signatários do Pacto Global do Metano, que pretende reduzir as emissões mundiais desse gás em 30% até 2030.

“Nosso grande desafio é produzir mais alimentos e preservar o ambiente”, afirmou o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. “Se cada um de nós fizer sua parte, venceremos o desafio da humanidade de alimentar a crescente população mundial de maneira mais sustentável.”

O vice-presidente da Silvateam Brasil, Michele Battaglia, também falou sobre a importância da contribuição da pecuária. “Se cada um de nós fizer um esforço para melhorar algumas coisas que fazemos, não somente poderemos produzir de forma sustentável, mas também ser parte da melhora do mundo daqui para a frente.

Estratégias de mitigação

NNo Fórum, foram apresentados resultados de diferentes sistemas de produção e tecnologias que melhoram a pegada ambiental da pecuária. Em sua palestra, a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fabiana Villa Alves, lembrou que, graças a tecnologias de melhoria genética de animais e pastos, a pecuária brasileira reduziu em 10% as emissões de metano por cabeça em um período de 25 anos.

A nova fronteira de inovação são os aditivos e suplementos nutricionais que modificam a fermentação no rúmen. O Fórum apresentou diferentes estudos e produtos que já chegaram ao mercado. Os extratos vegetais Silvafeed BX e Silvafeed ByPro, à base de taninos e saponinas, reduzem de 6% a 30% as emissões entéricas do metano e aumentam em 6,5 quilos, em média, a produção de carne por cabeça.

O novíssimo Bovaer, aditivo desenvolvido pela empresa de biotecnologia holandesa DSM, vem obtendo resultados positivos no mundo todo: em estudo no Brasil, derrubou as emissões entre 46% e 55,8%. Em uma pesquisa na Austrália, esse número chegou a 90%. Durante a COP26, a JBS firmou parceria com a empresa para implantar o suplemento em escala global.
Source: Rural

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