A adubação do pasto pode contribuir positivamente para o aproveitamento dos nutrientes da (Foto: Getty)
O impacto do clima na qualidade das pastagens não é exatamente uma novidade para os pecuaristas brasileiros, mas cada vez mais tem se tornado um fator de atenção e tema de análise em diversas frentes. Iniciados na década de 1970 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os estudos sobre a interferência do clima já mostravam, por exemplo, a existência dos chamados veranicos, especialmente na região central.
Naquela época, essa ausência de chuva nos períodos das águas era registrada, em média, a cada sete anos. Nas décadas mais recentes, porém, os períodos de veranico começaram a ser mais intensos, ocorrendo em média a cada dois anos, e expandindo para outras regiões, como aconteceu nas secas registradas em 2015 e 2021 e que atingiram não apenas o Centro-Oeste, mas também o Sudeste e o Sul.
“Há mudanças bastante significativas no clima, tanto na ocorrência de chuvas quanto na frequência desses períodos sem água no verão. Nesse sentido, temos visto a importância do condicionamento dos solos brasileiros justamente para mitigar os efeitos dessas alterações”, explica Gustavo Dalto, especialista em desenvolvimento de mercado pela Mosaic Fertilizantes.
Em entrevista ao podcast Palavra do Campo , o especialista explicou que o cuidado com o solo se dá em algumas etapas e precisa ser feito com cuidado para evitar equívocos e desperdício de insumos. “Para aumentar a capacidade das pastagens, é preciso inicialmente fazer uma análise do solo para dosar os agentes de condicionamento, em especial o cálcio, o fósforo e o enxofre, elementos fundamentais para o crescimento das raízes”, destaca. Leia mais sobre esses cuidados a seguir:
Cálcio, fósforo e enxofre: três elementos essenciais para as pastagens
Uma das funções do cálcio é a neutralização do efeito tóxico de alguns elementos no solo, como alumínio e manganês, que, em altas concentrações, podem causar danos bastante severos no sistema radicular das plantas, impedindo-as de buscar água e nutrientes em maior profundidade. “Em excesso, esse alumínio funciona como uma barreira física, impedindo o crescimento do sistema radicular e dos vegetais de maneira geral. E não é diferente para a pastagem”, aponta Fábio Ferrari, que também atua na Mosaic Fertilizantes.
Além do cálcio, o fósforo e o enxofre também devem ser aplicados a fim de minimizar esses impactos e aumentar a eficiência da pecuária. “São elementos essenciais que precisam ser repostos sempre que necessário, mas isso só é possível com uma análise de solo adequada”, explica.
No caso do enxofre, mais especificamente, o efeito positivo se reflete diretamente na proteína vegetal ingerida pelo gado, responsável por garantir o peso e a saúde do animal. “A partir do momento que um animal come uma pastagem de melhor qualidade, ele vai ter um reflexo positivo no ganho de peso”.
Contudo, sem o tratamento adequado, a degradação passa a acontecer com mais frequência e obriga o pecuarista a reformar as áreas de pastagem em intervalos de tempo cada vez mais curtos. “Há pastagens perenes que duram cinco, dez ou até vinte anos. Mas sem os cuidados adequados, o período de reforma cai para três ou quatro anos, aumentando os gastos do produtor”, completa Ferrari.
Cuidados para evitar a degradação do solo
Um dos primeiros pontos de atenção para quem vai buscar o condicionamento do solo com esses elementos é diferenciar os tipos de cálcio. Segundo Gustavo Dalto, ele aparece em duas formas (calcário e gesso agrícola) e cada uma tem uma função específica. “O calcário é um carbonato de cálcio e magnésio que tem esse poder de elevar o pH para uma faixa ideal de desenvolvimento para todos os cultivos, inclusive de pastagens. Ele também fornece cálcio e magnésio, que são nutrientes essenciais para as plantas”.
Entretanto, esse insumo atua apenas na camada superficial, entre zero e 20 centímetros de profundidade. “Para garantir ação mais profunda, a indicação é usar também o gesso agrícola no preparo do pasto, que apresenta uma solubilidade em torno de 200 vezes maior do que o calcário”, ressalta Dalto.
Nos últimos anos, os pecuaristas passaram a contar também com tecnologias mais modernas em fertilização e que suprem essas necessidades específicas do solo brasileiro. Um dos exemplos é o produto MPasto Super, da Mosaic Fertilizantes, desenvolvido com insumos nacionais e que contém em sua composição os três elementos essenciais de forma equilibrada.
Em estudos realizados pela empresa em Minas Gerais, por exemplo, foi possível identificar um ganho de até 13 arrobas de carcaça por hectare ao ano, aponta Dalto. “Com o uso da fertilização, nós também conseguimos dobrar a unidade animal por hectare, passando de 1,3 unidade animal para 2,2 unidade animal por hectare. Isso mostra que o custo-benefício da nutrição da pastagem é muito interessante para o pecuarista, que consegue atingir esses resultados com doses relativamente pequenas de insumos”.
O MPasto Super faz parte da linha MPasto da Mosaic Fertilizantes e é distribuído em território nacional através dos canais da empresa ou de representantes comerciais. Para saber mais, acesse nutrimosaic.com.br/mpasto.
Source: Rural