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O arroz de "terras altas" ou arroz de sequeiro pode ganhar terreno no Brasil, segundo pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão. Ele é cultivado na região central do país e de forma diferente da tradicional, ao invés de inundação, como ocorre na região Sul, ele é cultivado sob pivôs de irrigação.

Esse arroz tem sido plantado especialmente em fazendas que usam alta tecnologia, servindo muito bem para rotação de culturas, especialmente depois do cultivo da soja. Os técnicos da Embrapa informam que essas novas variedades geram uma série de benefícios, principalmente para o solo. O arroz de terra alta aproveita melhor os nutrientes deixados pela cultura antecessora e deixa uma palhada importante no solo depois da colheita, o que é uma excelente proteção natural para o cultivo de outros grãos.

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Dados do Cepea mostram que a saca de arroz saiu de R$62,47 em dezembro para R$75 reais em março, aumento de 21% nesse período(Foto: Iamoix/CCommons)

 

O custo de produção do arroz de sequeiro é mais baixo que o do milho e do feijão, por demandar menos defensivos. Na visão da Embrapa, isso deve fazer com que a cultura ganhe espaço no Brasil, visto que a variedade de arroz também promete uma boa rentabilidade. Um hectare de arroz de terra alta é capaz de gerar 120 sacas por hectare.

Vale lembrar que o arroz tradicional está com um preço em alta, por conta da concentração de plantio no Sul, uma maior demanda e a exportação do arroz. A média do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) no Rio Grande do Sul mostra que a saca de arroz saiu de R$ 62,47 em dezembro para R$ 75 em março, aumento de 21% nesse período.

Como uma qualidade muito semelhante ao arroz tradicional, essa pode ser uma boa alternativa para as regiões sudeste, centro-oeste e norte do Brasil, que dependem de uma logística que está cada vez mais cara para conseguir se abastecer com arroz que é colhido no Rio Grande do Sul.

Ouça o CBN Agro, de segunda a sexta-feira, às 5h45, no CBN Primeiras Notícias, e às terça-feiras, às 13h25, no CBN Brasil.

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Source: Rural

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