Confira os destaques desta quinta-feira (03/2)
Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)
Preço da energia pode afetar grãos
Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva destacou nesta quinta-feira (3/2) o impacto das tensões geopolíticas atuais nos preços de energia, sobretudo na Europa, e disse que também as cotações de grãos podem ser afetadas. Na avaliação dela, eventuais sanções duras do Ocidente contra a Rússia, em caso de invasão, teriam impacto em transações financeiras. Ao provocar problemas nas cadeias globais, a pandemia continua a puxar preços para cima.
Plantação de trigo (Foto: REUTERS/Enrique Marcarian)
Acordo entre entre EUA e Brasil
Entrou em vigor O Protocolo sobre Regras Comerciais acertado entre Estados Unidos e Brasil, nesta quarta-feira (2/2). Assinado em outubro de 2020, ainda sob a gestão de Donald Trump nos EUA, o documento estabelece uma série de pontos que visam agilizar os processos de comércio entre as duas maiores economias da América. Em comunicado, o vice-representante comercial dos EUA, Jayme White, classificou o protocolo como "um investimento de longo prazo" nas relações bilaterais.
Movimentação de contêiner no porto de Santos (SP) (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 9,25% para 10,75% ao ano. A taxa atingiu os dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2017, quando também estava em 10,25% ao ano. Esse foi o oitavo reajuste consecutivo na taxa Selic. A elevação da taxa Selic, decidida quarta-feira (02/02) pelo Banco Central, continuará a encarecer o crédito e as prestações, diz a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Sede do Banco Central em Brasília, no Distrito Federal (Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.)
Preço dos alimentos
Os preços mundiais dos alimentos subiram em janeiro e permaneceram perto das máximas de 10 anos, liderados por um salto no índice de óleos vegetais, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira (03/02). O indicador de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 135,7 pontos no mês passado, contra 134,1 revisados para cima em dezembro. Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação à medida que as economias se recuperam da crise do coronavírus.
feira livre (Foto: REUTERS/Luis Cortes)
Emprego no campo
A agropecuária acumulou em 2021 o maior saldo positivo de empregos formais desde 2011, de acordo com análise feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As admissões superaram as demissões em 140,9 mil entre janeiro e dezembro do ano passado. O saldo de 2021 também é quase quatro vezes maior que o de 2020, quando o número de contratados foi 36,6 mil maio que o de dispensados.
De acordo com a CNA, agropecuária respondeu por 5,2% dos empregos com carteira assinada no Brasil em 2021 (Foto: (Foto: Getty Images))
Rússia bloqueia exportações de nitrato
O governo russo anunciou a proibição das exportações do NAM desde esta quarta-feira (02/02) até o dia 1º de abril. O Ministério da Agricultura do país alegou haver necessidade adicional do nutriente no mercado interno em virtude do atraso na semeadura da safra de primavera. O bloqueio das exportações russas de nitrato de amônio (NAM) por dois meses eleva as chances de desabastecimento do produto no mercado brasileiro, avalia o diretor de Fertilizantes da consultoria StoneX, Marcelo Mello.
O NAM (ou NH₄NO₃) é um composto químico amplamente utilizado como fertilizante nas plantações agrícolas (Foto: Reprodução/Getty Images)
Índia faz acordo com a Rússia
A Índia está em negociações governamentais com a Rússia para o fornecimento de fertilizantes no longo prazo, disseram fontes do governo e industriais, à medida que o país asiático busca se proteger da instabilidade geopolítica e da alta de preços. O ministro de Fertilizantes Mansukh Mandaviya junto com autoridades de empresas indianas de fertilizantes visitarão Moscou mais tarde neste mês ou no início de março para discutir acordos com o ministro de comércio russo, Denis Manturov, disseram as fontes do governo.
Esta é a primeira vez em 30 anos que o governo indiano estará envolvido em negociações plurianuais de importaçãopara fertilizantes (Foto: Thinkstock)
Source: Rural