Plantio de soja (Foto: Getty Images)
A Syngenta anunciou, nesta segunda-feira (16/3), o lançamento de dois fungicidas para a soja, que devem estar à disposição do produtos a partir do segundo semestre deste ano, para a safra 2021/2022. A aposta da empresa é na combinação de diversos princípios ativos, com o objetivo de proporcionar efeito preventivo contra velhos conhecidos da sojicultura, como mancha-alvo, ferrugem asiática e oídio.
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Os novos produtos apresentam formulação com Solatenol e Protioconazol, e o outro a combinação de Solatenol com dupla ação sistêmica de Ciproconazol e Difenoconazol. Marcos Queirós, líder de Fungicida da Syngenta, explica que isso significa proteção preventiva antes do desenvolvimento da planta e controle rigoroso, ainda nas duas primeiras aplicações.
Ele alerta, no entanto, que a aplicação não deve seguir programas casados, mas entender a realidade do sojicultor. “Dependendo da época de plantio, pode ter uma recomendação diferente”, sugere, pontuando que a solução nem sempre “é o tipo de tecnologia, mas como ela é aplicada".
Em entrevista exclusiva à Revista Globo Rural, o executivo afirma que este é “o maior investimento em fungicidas da Syngenta no Brasil”, mas não detalha o montante direcionado à pesquisa e desenvolvimento. Antes de disponibilizar os produtos em escala comercial, 1.500 áreas foram palco de ensaios nas principais regiões produtoras do País.
Os dois fungicidas foram registrados pelos órgãos fiscalizadores na última terça-feira (16/3). Nos testes feitos pela própria empresa, os resultados foram rendimentos de duas a cinco sacas superior em comparação com outros produtos, segundo Queirós. Atualmente, eles estão em fase de cadastro estadual, mas a empresa garante que estarão disponíveis para o plantio da próxima safra.
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O produtor sabe que tem que ter um negócio sustentável. Então o grande desafio é, além do químico, trazer alternativas como o biológico
Marcos Queirós, líder de Fungicida da Syngenta
Ao mesmo tempo em que coloca novos agroquímicos no mercado, a Syngenta vem olhando para o segmento de biológicos, com demanda em ascenção. A aquisição da Valagro, anunicada em 2020, foi um movimento nessa direção. Queirós diz que o grande desafio é fornecer alternativas além do convencional, buscando menos toxicidade.
Ele concorda que “o biológico pode diminuir algumas aplicações” em relação ao químico. “Se uma das estratégias é o biológico, a gente vai recomendar. O multissítio, por exemplo, também é uma estratégia que a gente não abre mais mão”, afirma.
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Source: Rural