(Foto: pergamino13cr/CCommons)
A desvalorização do dólar frente ao real na última semana reduziu a liquidez no mercado doméstico de soja. Mesmo assim, os preços seguem em alta, atingindo, inclusive, patamares recordes nos portos brasileiros.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), isso aconteceu porque o produtor já comercializou grande parte da safra 2019/20 e, agora, não sinaliza necessidade de vender maiores volumes no curto e médio prazos.
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Segundo os pesquisadores, a tendência é que muitos armazenem o remanescente da temporada para vender nos próximos meses. O Cepea ainda aponta que grande parte da safra já comercializada teve como destino a exportação, o que deixa em alerta as indústrias brasileiras quanto ao abastecimento da matéria-prima no segundo semestre.
Cotação em alta
O indicador Esalq/BM&FBovespa da soja em Paranaguá (PR) registrou alta de 7,7% entre março e abril, a R$ 102,30 a saca de 60 kg no último mês, a maior desde setembro de 2018, em termos reais – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de março deste ano.
Já o indicador Cepea/Esalq Paraná subiu 7,8% no período, com média de R$ 95,19 a saca de 60 kg, a maior para um mês de abril desde 2004, em termos reais. Este é, segundo o Cepea, o maior valor mensal desde setembro de 2018, em temos reais.
Source: Rural