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O presidente da CNA, João Martins da Silva (no centro), fala durante apresentação de balanço e perspectivas da entidade (Foto: Divulgação/CNA)

 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) espera um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto da Agropecuária em 2019, além de um aumento de 4,3% no Valor Bruto da Produção (VBP). As expectativas para o próximo ano foram apresentadas nesta quarta-feira (5/12), na sede da entidade, em Brasília (DF).

De acordo com a CNA, o clima favorável e a incidência do fenômeno El Niño devem favorecer a produção agrícola brasileira no ciclo atual. E a colheita a ser feita no ano que vem deve superar a deste ano, estimada em cerca de 228 milhões de toneladas. Só a produção de soja deve crescer 6% e há também uma expectativa otimista em relação ao milho e ao algodão.

Ainda assim, a entidade pontua em sua análise que são necessárias as reformas tributária e previdenciária para permitir um crescimento maior do setor. Reforça também a cobrança por melhores condições de infraestrutura, segurança, introdução de marcos regulatórios e mais assistência técnica.

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“Na parte internacional, a Confederação volta suas expectativas na conclusão dos acordos comerciais em negociação com Coreia do Sul, México, Canadá e outros mercados, com medidas que promovam a facilitação do comércio, remoção de barreiras sanitárias e fitossanitárias e a redução de tarifas”, diz o comunicado da CNA, defendendo diversificação da pauta de exportação.

Fazendo um balanço deste ano para o agronegócio, a CNA avalia que o setor foi prejudicado, principalmente, pelo ambiente institucional do Brasil. A greve dos caminhoneiros e a tabela de preços mínimos de frete, que a entidade questiona na Justiça, elevaram preços de alimentos e insumos agrícolas.

“A partir de junho o grupo de alimentos em domicílio passou a ter altas consecutivas e o IPCA naquele mês foi de 1,26%, a maior taxa para o período desde 1995 e no período de 12 meses até junho a inflação saltou para 4,39%. De lá para cá, a inflação passou a ficar mais próxima da meta de 4,5% para 2018 e o grupo de alimentos em domicílio (no qual estão incluídos os produtos agropecuários) tem inflação superior a 3%”, dia a entidade, no comunicado.

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Em meio a este cenário, a expectativa da entidade é de que o Produto Interno Bruto da Agropecuária encerre 2018 em queda de 1,6% na comparação com o ano anterior. O Valor Bruto da Produção deve ter uma retração de 4,2%.

“Culturas como algodão, soja, etanol, celulose e flores agrícolas tiveram bom desempenho em 2018 no que se refere à produção, preços e exportações. O milho, apesar dos preços melhores, teve queda de produção e nas exportações. Na pecuária, apenas o segmento de carne bovina registrou crescimento na produção, nos preços e nas exportações”, diz a CNA.

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Source: Rural

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