O governo federal lançará nesta quarta-feira (29/6), o Plano Safra 2022/2023, que oferecerá a produtores rurais, cooperativas e agroindústrias crédito rural, inclusive com taxas de juros controladas e subsidiadas, para a temporada 2022/2023, que começa no dia 1º de julho. O evento será realizado no Salão Nobre do Palácio do Planalto, às 16h30. Está prevista a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Agricultura, Marcos Montes; do ministro da Economia, Paulo Guedes; do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
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Com base nas demandas do setor, MInistério da Agricultura e Ministério da Economia vinha discutindo condições do Plano Safra (Foto: Mapa/Divulgação)
O Plano Safra para a próxima temporada tem sido matrcado por incertezas, especialmente por causa do aumento das taxas de juros no Brasil – que servem de referência para o crédito subsidiado – e por dúvidas em relação à capacidade orçamentária do governo para garantir o valor necessário em subsídios às taxas no crédito rural. No ciclo 2021/2022, que se encerra nesta quinta-feira (30/6), linhas chegaram a ter operações suspensas por falta de recursos disponíveis, o que deixou o produtor dependende apenas do crédito livre.
Com a atual situação, reforçada pelo aumento dos custos de produção na agropecuária, a demanda do setor por volume de crédito e de equalização de taxas ficou maior. Em meio à indefinição, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, vinha falando na necessidade de um Plano Safra robusto, com um montante entre R$ 20 bilhões e R$ 22 bilhões para subsidiar o crédito rural, principalmente para pequenos e médios produtores.
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Na terça-feira (28/6), durante a reunião semenal da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em Brasília (DF), o presidente do colegiado, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), disse que nenhum Plano Safra foi tão aguardado quanto o atual. E reforçou a necessidade de um volume maior de crédito disponível e de taxas de juros que sejam viáveis para o setor.
"O volume está diretamente ligado à taxa de juros. Nós precisamos de recursos para o produtor fazer as operações de crédito. Estamos falando de um plano que inicia dia 1º de julho, então, lógico que não existe todo o recurso disponível. Mas estamos trabalhando junto ao Ministério da Economia e já ajustamos o volume de crédito para abrir o Plano Safra de imediato”, afirmou, de acordo com o divulgado pela FPA, em nota.
Source: Rural