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Recentemente têm crescido alegações sobre o gosto do café; as pessoas apontam que o produto está com um sabor diferente. Procurada, a indústria confirma que, de fato, houve uma mudança: diferentes tipos de café têm sido misturados para formar um blend.

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Entre março de 2021 e o mesmo mês em 2022, o preço do café para o consumidor subiu em 73% (Foto: Pixabay)

 

A indústria diz que, de uns tempos para cá, passou a aumentar a proporção de variedades que têm o nome técnico de canéforas (as mais conhecidas são do café robusta ou conilon) com o café arábica, que é considerado de qualidade superior. Aumentando a proporção desse café robusta ou conilon, que tem um sabor um pouco mais amargo e é mais barato, a indústria teve a intenção de evitar que os preços subissem mais do que já subiram para o consumidor.

Além disso, ela alega que as produtividades e as qualidades desse tipo de café melhoraram muito nos últimos anos, o que permitiu o aumento na proporção. Mas a própria indústria reconhece que é preciso ter cautela nessa mistura, porque o consumidor nota isso e qualquer diferença muito brusca pode interferir no consumo. Ou seja, há risco das pessoas reduzirem o consumo se não apreciarem muito esse sabor um pouco mais rústico.

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O curioso é que, mesmo com esse blend diferenciado, os preços do café no último ano subiram 73% para o consumidor final. Então, se não fosse a mistura com mais café robusta ou conilon, talvez os preços subissem ainda mais. Essa alta reflete nos aumentos dos custos de produção, além dos problemas com o tamanho da safras recentes. Isso também faz os preços subirem.

Ouça o CBN Agro, de segunda a sexta-feira, às 5h45, no CBN Primeiras Notícias, e às terças-feiras, às 13h25, no CBN Brasil.

 
Source: Rural

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