Depois da Petrobras anunciar um novo aumento para o diesel, de 14,26% sobre preço de venda para as distribuidoras, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) divulgou nota alertando para a possibilidade de greve da categoria e da paralisação do país – cenário que remete às últimas paralisações, realizadas em 2015 e 2018.
Leia também: Risco de faltar diesel preocupa agronegócio e operadores logísticos
Últimas paralisações, em 2015 e 2018, foram marcadas por bloqueios e dificuldades no abastecimento de produtos e insumos de produção (Foto: Emiliano Capozoli/Ed.Globo)
“Estamos alertando a muito tempo das consequências dessa política de preços da Petrobras e caos econômico que ela esta causando na sociedade. A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, é o mais provável”, afirma o documento divulgado nesta sexta-feira (17/6).
saiba mais
Transportadores de grãos fazem greve em meio à colheita argentina
Segundo a Abrava, “a grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a Petrobras e suas operações no início do governo, de não ter dado início a mudanças estruturantes na empresa”.
“O governo se acomodou e por ironia do destino o Ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “xilique” não vai resolver o problema”, critica a entidade.
saiba mais
Crise do diesel expõe vulnerabilidade energética na Amazônia
Apesar da “provável greve” apontada pela Abrava, outras organizações representativas dos caminhoneiros negam que haja discussões sobre o assunto neste momento, apesar das insatisfações com as medidas adotadas pelo governo diante da alta dos combustíveis. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), por exemplo, informou não ter recebido nenhum indicativo de movimento até agora.
Source: Rural