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A responsável pela queda nas temperaturas ao longo do país, em especial, no Sul, é uma formação de ar, que se formou no oceano Atlântico, próximo da costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Ela foi nomeada pela Marinha como “Yakecan”, que significa "o som do céu" em tupi-guarani.

De acordo com a Climatempo, a ventania chegou a atingir 107,6 km/h na região de Siderópolis, no sul de Santa Catarina, a mais intensa observada pelo Epagri/Ciram, órgão do governo do Estado. No litoral do Rio Grande do Sul, os ventos causaram agitação no mar e deixaram milhares de pessoas sem energia após queda de árvores e postes.

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Lavoura de milho afetada por geada (Foto: REUTERS/Lucas Jackson)

 

 

 

 

 

O que é o Yakecan?

A princípio, os meteorologistas haviam classificado o evento como um “ciclone subtropical”, porém, após nova avaliação na terça-feira (17/05), a Marinha e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) passaram a identificá-lo como uma “tempestade subtropical”. A mudança implica em rajadas de vento com mais força e efeitos destrutivos maiores.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, em inglês), “ciclone” é um termo genérico usado para descrever o fenômeno que se forma a partir de um sistema de baixa pressão em regiões tropicais e subtropicais.

Ao G1, Carine Gama, do Climatempo, explica que sua ocorrência é comum quando há muitas nuvens no céu e grande frequência de chuvas. Enquanto, no hemisfério Sul, o ar se movimenta no sentido horário, no Norte, o fluxo é no sentido anti-horário.

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Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, explica que, “quando os ventos se aceleram e circulam acima de 63 km/h, [o ciclone] se torna uma tempestade tropical”. A sua formação é semelhante àquela dos ciclones, apesar da maior magnitude, registrando ventos de até 119 km/h. Se o evento for mais intenso que isso, ele recebe o nome de furacão.

A previsão é de ventos fortes, com velocidades maiores que 90km/h, quase 100km/h nas áreas mais elevadas e próximas da costa. Nesse cenário, há possibilidade de ocorrência de geadas na extensão litorânea do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

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Além disso, o especialista indica que uma nova massa polar deve passar pelo território durante o final de semana. Como, a partir de sexta-feira (20/05), o céu deve ficar menos nublado, a presença da frente fria deve abaixar ainda mais as temperaturas no país e manter os riscos de geadas nas regiões plantadas no Sul.

Até onde vai a tempestade?

Os meteorologistas apontam que os ventos de maior perigo serão sentidos no litoral e em todo sul e leste do Rio Grande do Sul, incluindo as capitais Porto Alegre e Florianópolia, além das regiões de serra. "As regiões metropolitanas de Porto Alegre e de Florianópolis ficam em alerta para a ventania ciclônica até a noite da quarta-feira,18. Na madrugada e manhã de quinta-feira, o vento já terá enfraquecido em Porto Alegre, mas Florianópolis ainda poderá sentir fortes rajadas entre 60 e 70 km/h".

Os estados que serão  impactados por este ciclone são o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já O sistema deve chegar enfraquecido ao leste do Paraná, no sul e leste de São Paulo e no Rio De Janeiro, provocando ventos moderados a fortes.

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Em coletiva de imprensa convocada pela Defesa Civil Nacional na última segunda-feira (16), técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) comentaram e admitiram a possibilidade de o ciclone extratropical atutante na costa gaúcha se transformar em um furacão.

De acordo com Miguel Ivan, diretor do Inmet, o fenômeno até poderia ser como 2004, quando o furacão Catarina atingiu ventos de quase 200 km/h. “Mas pode ser diferente, porque pode ser que aconteça em alto mar e não chegue à costa”, completou.

Segundo a MetSul Meteorologia, o que pode ocorrer são rajadas de vento com força de furacão – 119 km/h ou mais-, e não o fenômeno de fato. "São rajadas de curta ou curtíssima duração que se sucedem por horas intercaladas com vento mais fraco. É o que a MetSul está prevendo para pontos do litoral do Rio Grande do Sul e na Lagoa dos Patos", informa o boletim.

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*Com informações do G1
Source: Rural

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