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A Amazônia contém a maior bacia hidrográfica do mundo, são mais de 7 milhões de quilômetros quadrados. Localizado na América do Sul, o Rio Amazonas é a fonte de vida de milhares de espécies nativas de plantas e animais, como o cacau, a castanha de caju, o açaí e o guaraná. A nascente está situada no Peru, e os 6992 km de extensão percorrem Colômbia e Brasil. Com mais de mil afluentes e servindo de lar para uma fauna importante, o Rio Amazonas é detentor de 5 recordes registrados no Guinness Book ao londo dos anos. Confira a seguir esses cinco feitos que nem todos conhecem.

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O Rio Amazonas é o maior em volume de água do mundo (Foto: Neil Palmer)

 

1. Rio mais largo do mundo

O rio Amazonas chega a atingir uma largura de 11 km, o que o torna o mais largo do mundo. Ele é responsável por 20% de toda a água doce que chega aos oceanos. A maior profundidade registrada é de 124 m, mais profundo do que a altura de três estátuas do Cristo Redentor.

Além disso, também é o maior em volume de água do mundo. De acordo com o livro dos recordes, o rio deságua 200 mil metros cúbicos por segundo no oceano Atlântico. Na época de cheia, esse número sobe para 340 mil metros cúbicos por segundo. Essa quantidade de água seria capaz de gerar eletricidade o suficiente para toda a cidade de Nova Iorque por quase 10 anos, informa o Guinness.

2. Maior golfinho de água doce

O boto-cor-de-rosa é considerado a maior espécie de golfinho de água doce do mundo, podendo chegar até 2,6 m de comprimento e 181 kg. O mamífero de água doce nasce cinza e a famosa coloração rosa surge ao longo da vida, aumentando à medida que o animal envelhece. A tonalidade da coloração do boto varia de acordo com uma série de fatores biológicos, entre eles a alimentação e exposição solar.

Ele também é considerado o golfinho com a maior quantidade de cabelos, por possuir uma quantidade em seu longo focinho. A função dos pelos é agir como um dispositivo sensorial para a captura de alimentos. Contrário aos golfinhos de água salgada, que perdem os pelos logo após nascerem, os botos mantêm os cabelos a vida inteira.

O boto-cor-de-rosa é considerado a maior espécie de golfinho de água doce (Foto: Mônica Imbuzeiro)

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3. Jacaré caimão gigante

O Amazonas é habitat de outro gigante da natureza, o Jacaré-Açu. Conhecido também como jacaré negro, ele é considerado o maior da espécie caimão, podendo passar dos 5 m de comprimento e 400 kg. O jacaré-açu é um predador do topo da cadeia alimentar no rio Amazonas, se alimentando de peixes, aves, répteis e capivaras.

O nome jacaré negro surge da sua coloração escura, que ajuda na absorção de calor e camuflagem, principalmente à noite. Segundo o site norte-americano de dados sobre crocodilos, CrocBite, o Brasil registrou mais de 80 ataques de jacaré-açu a humanos nas últimas duas décadas.

Conhecido também como jacaré negro, ele é considerado o maior da espécie caimão (Foto: Rodrigo Soldon Souza)

4. Tubarão que sobrevive em água doce

Segundo o Guinness, o tubarão-touro é a exceção para uma espécie que predomina em ambientes marinhos. Apesar de habitar em águas costeiras salgadas, o tubarão-touro pode sobreviver em água doce por longos períodos. Eles já foram encontrados no rio Amazonas, por isso são considerados a espécie de tubarão mais afastada dos oceanos.

Conhecido também como tubarão-cabeça-chata, por possuir o focinho curto e arredondado, o predador pode atingir até 4 m de comprimento e pode viver até 25 anos. Com a ajuda de glândulas e a produção de sais dos rins, essa espécie pode se adaptar aos ambientes de água doce.

Conhecido também como tubarão-cabeça-chata, por possuir o focinho curto e arredondado, o predador pode atingir até 4 m de comprimento (Foto: Albert Kok)

5. Peixe mais elétrico do mundo

A enguia-elétrica, ou Poraquê, é uma espécie nativa no rio Amazonas. Ela não só é considerada, pelo livro dos recordes, como o peixe mais elétrico do mundo, como também ganhou o posto de animal mais elétrico do mundo. Essa espécie tem a capacidade de gerar cerca de 300 volts à 0,5 ampères até de 860 volts à 3 ampères.

O Poraquê produz eletricidade através de células musculares especiais concentradas em órgãos da cauda. A movimentação dos eletrócitos causa descargas elétricas quando o animal se sente ameaçado ou está prestes a capturar uma presa. 

Este animal tem a capacidade de gerar cerca de 300 volts à 0,5 ampères até de 860 volts à 3 ampères (Foto: Wikimedia)

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Bônus: recordes humanos no Rio Amazonas

 Feitos humanos, que incluem esportes e muita força, completam a lista de recordes que têm o famoso rio como protagonista.  

– As primeiras pessoas a remar por toda a extensão completa do rio Amazonas foram Mark de Rond (Holanda) e Anton Wright (Reino Unido). O recorde foi batido em 2013. A dupla começou a jornada em Nauta, no Peru, e finalizou o percurso no Macapá, Brasil.

– Ed Stafford (Reino Unido) foi a primeira pessoa a percorrer a extensão do rio Amazonas a pé. Ele demorou 2 anos e 4 meses para completar a travessia, terminando em agosto de 2010.

– A pessoa que nadou a maior distância no rio Amazonas foi Martin Strel (Eslovênia). O nadador percorreu 5,268 km do rio, do Peru até o Brasil. Ele começou em fevereiro e finalizou o trajeto em abril de 2007.

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Source: Rural

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