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O inverno de 2022, que começa em 21 de junho, deve ser diferente do ano passado. Até o momento, os modelos indicam uma estação dentro da normalidade, o que não ocorreu em 2021, quando várias ondas de frio ocorreram de forma seguida, indica Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima. "Deve haver entradas frequentes de massa de ar polar, mas, até então não há previsões de geada".

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Pelo menos até o momento, inverno não tem previsões de geada (Foto: Pxhere/Reprodução)

 

Santos acrescenta que as chuvas deverão ser mais concentradas na região Sul. A tendência é de altos volumes ao longo da estação. Por outro lado, "a região central, na faixa do Mato Grosso Goiás, Minas Gerais e Tocantins deve ter tempo predominantemente seco".

Ainda não é possível falar sobre extensão ou intensidade do frio. Mas, por enquanto, as simulações não mostram um frio tão forte quanto o do ano passado e não há a previsão de grande frequência. Celso Oliveira, meteorologista da Climatempo, explica que apesar de, na teoria, a tendência ser de um inverno mais equilibrado, ainda sim, é um "ano perigoso, por conta do enfraquecimento do La Niña".

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O fenômeno que deve continuar ativo até o começo de 2023 tende a se enfraquecer no meio deste ano, abrindo a possibildiade de ondas de frio intensas, explica. Ele complementa dizendo que apesar de ainda não ser possível falar sobre a extensão desse frio, o alerta dos produtores deve permanecer ligado para possíveis viradas bruscas de tempo.

Outra tendência é que dentre os meses da estação, junho será o mais frio. "Poderemos ter mais frio no final de outono e início do inverno, do que no decorrer do inverno. As projeções não trabalham com frio tão forte para julho e agosto no Brasil".

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Oliveira alerta que esse frio mais forte de junho pode trazer impactos para o milho no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo, onde os grãos foram instalados de forma mais tardia por conta da estiagem.

Além disso, as previsões mostram um inverno mais seco que o normal, o que deve ajudar o desenvolvimento das culturas de inverno como trigo, cevada e aveia. Em contrapartida, pode trazer dificuldades para as instalações de primavera que acontecem no final do inverno, como o milho no Rio Grande do Sul que costuma ser plantado em agosto e setembro.

"Confirmando um inverno mais seco, isso pode eventualmente trazer problemas e atrasos no início das instalações dessas culturas no centro-sul do Brasil", diz.

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Source: Rural

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