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Caminhoneiros argentinos estenderam uma greve no transporte de grãos nesta terça-feira (12/04) em meio a convocações para uma reunião com o governo, um protesto que atinge o pico da safra no maior exportador mundial de soja processada e no segundo maior exportador de milho. O protesto exigindo taxas de frete mais altas em meio à disparada da inflação começou na segunda-feira (11/04), deixando estradas importantes para o transporte de grãos até os portos sem o congestionamento normal de caminhões que ocorre todos os anos por volta de abril.

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Lavoura de milho na Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

 

A greve por tempo indeterminado ainda não atingiu as exportações porque os portos têm grandes reservas nos silos de grãos, mas um prolongamento do protesto pode começar a afetar os embarques. Cerca de 85% dos grãos da Argentina são transportados pelo país por caminhão. "Vamos sair da greve com um novo cronograma de tarifas. Caso contrário, não sairemos da greve", disse Pablo Agolanti, vice-presidente da Federação de Transportadoras Argentinas (Fetra), à Reuters.

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O Ministério dos Transportes do país convocou uma reunião na quarta-feira (13/04) às 10h00 (horário de Brasília) para continuar o "diálogo" com os caminhoneiros. Sobre o impacto do protesto, a empresa local de logística agrícola AgroEntregas disse que "não há movimentação de caminhões" em direção aos terminais portuários.

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Uma fonte do setor portuário de grãos, que pediu para não ser identificada, disse à Reuters que os navios estão atualmente carregando normalmente devido às reservas, mas que "dentro de alguns dias os compromissos podem ser afetados" se as coisas não mudarem. Os agricultores argentinos estão atualmente colhendo soja e milho para o ciclo 2021/22, com a produção dos dois grãos estimada pela bolsa de cereais de Buenos Aires em 42 milhões de toneladas e 49 milhões de toneladas, respectivamente.

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Source: Rural

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