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A suspensão de três novos frigoríficos brasileiros pela China nesta quinta-feira (07/04) elevou de cinco para sete o total de unidades suspensas pelo país desde o início deste ano. Dentre elas, a unidade da JBS de Mozarlândia, em Goiás, soma três suspensões seguidas – duas delas em março deste ano (11/03 e 24/03), quando também foi suspenso o abatedouro da Frialto em Matupá, em Mato Grosso.

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JBS (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

 

Segundo fontes da empresa mato-grossense ouvidos pela Globo Rural, a suspensão publicada em 11/03 se deu pelo resultado positivo de Covid-19 em testes feitos pelos chineses na carga recebida naquela ocasião, com a retomada imediata dos embarques após novos testes descartarem o risco de contaminação. A JBS não confirmou se o caso da sua suspensão se deu por suspeita de Covid-19. 

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Doze dias depois, em 23/03, o frigorífico da JBS em Mozarlândia voltou a listar como suspenso, mas sem data para retomada. O anúncio chinês derrubou o valor da arroba bovina nas praças pecuárias atendidas pela unidade, com capacidade de abate de até 80 animais por hora e considerado um frigorífico “moderno, grande e top de linha”, segundo palavras de um analista do setor. Procurada, a JBS não informou se retomou os embarques para a China desde então, mas quinze dias depois, a unidade de Mozarlândia voltou a figurar na lista de empresas suspensas pelo país publicada nesta quinta-feira (07/04).

O protocolo chinês

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio do Brasil-China (CCBC), Charles Tang, os chineses desconfiam que a chegada da variante ômicron no país se deu a partir da importação de alimentos congelados, o que levou o país a redobrar a fiscalização sanitária desde então. A situação é semelhante ao que ocorreu em 2020, quando o início da pandemia de Covid-19 levou as autoridades chinesas a publicarem um protocolo sanitário aplicado às cargas refrigeradas enviadas ao país.

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Em julho de 2020, a Comissão Nacional de Saúde da China passou a exigir que as empresas chinesas realizassem teste de ácido nucleico para identificar o novo coronavírus no produto in natura. Meses depois, a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) estabeleceu um protocolo de suspensão automática de uma semana para os casos em que os testes apresentassem resultado positivo. Nos casos em que fosse constatado teste positivo em mais de três situações, o período de suspensão passaria para quatro semanas.

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“A China está simplesmente tomando um cuidado redobrado. Não está acusando que todos os frigoríficos ou todos os fornecedores de alimentos congelados venham com covid, mas agindo por precaução”, destacou o presidente da CCBC quando a JBS de Mozarlândia foi suspensa pela segunda vez e ressaltou: “enquanto a China não estiver satisfeita de que todos os protocolos dela foram seguidos e que não há perigo de contaminação, [a habilitação] vai continuar suspensa”.

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Source: Rural

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