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Com a previsão de superar o faturamento de R$ 74 milhões do evento anterior, termina nesta sexta (25/3) amanhã em Franca, no interior paulista, a 2ª Alta Café, Feira de Negócios e Tecnologia da Alta Mogiana. Na abertura, na terça, o assunto que dominou as rodadas de conversas na feira foi a isenção do imposto de importação sobre o café moído, anunciada no dia anterior pelo Ministério da Economia. A medida também impactou o óleo de soja, etanol, queijo, manteiga e massas.

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Café MG (Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo)

 

“É uma concorrência desleal zerar imposto para trazer ao maior produtor de café do mundo um produto moído que não se sabe a origem ou a qualidade enquanto o cafeicultor nacional tem que bancar o aumento absurdo dos insumos e os impactos da seca, geada e pandemia dos últimos dois anos”, disse José Henrique Mendonça, presidente da feira e do Sindicato Rural de Franca. Ele planta 300 hectares na vizinha Cristais Paulista e também industrializa parte da sua produção.

Segundo ele, o Brasil já produz o suficiente para regular o preço interno e, na definição dessa medida, o governo pensou apenas no consumidor e não no produtor rural. Mendonça admite que o preço ao consumidor teve alta expressiva neste ano, passando de R$ 7,50 o pacote de 500 gramas na gôndola para R$ 11, mas ressalta que o cafeicultor enfrentou aumentos bem maiores, de fertilizantes granulados que custavam R$ 1.800 e passaram para R$ 6.000 ou defensivos de R$ 11 o litro que agora custam R$ 98.

“O produtor já está se reinventando para continuar a fornecer um café de alta qualidade ao mercado. Se não tiver lucro, tem que sair da atividade”.

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A expectativa de melhores negócios na feira neste ano se deve à evolução de preços da saca de café, embora a safra tenha sido impactada por seca e geadas. Em março de 2021, a saca de 60 kg de café arábica custava R$ 700. Nesta semana, mesmo com a volatilidade do mercado causada pelo vaivém das commodities devido ao conflito no leste europeu, está cotada a R$ 1.270.

Com a liberação pela prefeitura do uso de máscaras e de protocolos anti-Covid, a Alta Café acontece em um espaço de 45 mil m² do Clube de Campo de Franca. Participam do evento indústrias de máquinas agrícolas como tratores, roçadeiras, carretas e descascadores, empresas de inovações voltadas para o setor cafeeiro e instituições financeiras.

Uma das empresas que está apresentando seu portfólio na feira é a Colorado Máquinas, revendedora da marca John Deere com 10 lojas no Estado de São Paulo. Leandro Jesus de Souza, gerente corporativo de vendas da Colorado, disse que os produtores estão ávidos por novidades e por tudo o que uma feira de negócios representa, ainda mais nesse momento de pós-pandemia.

“Os primeiros dois dias da 2ª Alta Café foram surpreendentes e muito positivos em termos de visitação e negócios. Está superando as nossas expectativas.”

A primeira edição da Alta Café foi realizada em 2020, antes de ser decretada a pandemia, que impediu a realização no ano passado.

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Source: Rural

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