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A guerra entre Rússia e Ucrânia deve dar oportunidades para o frango brasileiro, que já vem conquistando mais espaço no mercado externo nos últimos meses. Isso porque a Ucrânia é um tradicional fornecedor de frango dos países europeus, mas interrompeu seus embarques de mercadorias, devido ao conflito armado que ocorre desde o fim de fevereiro.

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Exportação e carne de frango do Brasil pode ganhar espaço de mercado deixado pela Ucrânia, em guerra com a Rússia (Foto: Ricardo Padue/Ed. Globo)

 

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Ucrânia forneceu para a Europa no ano passado 100 mil toneladas de carne de frango, volume equivalente a mais de dois meses de compra do principal cliente do Brasil.

Outro fator que tem favorecido as vendas externas brasileiras é o surto de gripe aviária, que começou pela Ásia, se espalhou para países europeus e mais recentemente atingiu os Estados Unidos, importante produtor mundial. Segundo o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), pelo menos 10 estados do país registram surtos das doenças nas granjas de frango.

No primeiro bimestre, as exportações de carne de frango in natura e processada somou 723,7 mil toneladas 723,7 mil toneladas, 13% a mais que o total exportado em 2021 (640,4 mil). A receita com as vendas externas fo de US$ 1,280 bilhão, 33,9% superior ao de janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 956,1 milhões).

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Só em fevereiro, os embarques totalizaram 374,5, volume 7,4% maior que o total embarcado no mesmo mês em 2021 (348,8 mil toneladas). O faturamento foi chegou a US$ 663 milhões, 27,1% a mais na mesma comparação.

Segundo a ABPA, os Emirados Árabes foram o destaque do mês, comprando 42,8 mil toneladas de carne de frango do Brasil (crescimento de 89,9%) e superando a China, para onde foram embarcadas 42,3 mil toneladas (queda de 8,4%). O México, com 19,6 mil toneladas (+358,3%), e União Europeia, com 16,5 mil toneladas (+35,1%) também se destacaram.

“Os Emirados Árabes Unidos ganharam forte protagonismo nas exportações brasileiras dos últimos meses e foram decisivos, assim como o reforço das vendas ao México e à União Europeia. É esperado que estes níveis de compras nestas regiões se mantenham pelos próximos meses, especialmente porque a Ucrânia, que é um forte competidor do Brasil em destinos como a União Europeia, Arábia Saudita e países do Golfo, com o conflito, seguramente deixará de exportar os volumes habitualmente destinados a estas regiões”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

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Source: Rural

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