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Não importa se as pessoas vão à Expodireto Cotrijal para observar as novidades em máquinas, insumos ou na pecuária. O público acaba se encontrando no pavilhão da agricultura familiar. Com barraquinhas lado ao lado, quem passeia pode experimentar sucos de uva, queijos, geleias, cachaças e embutidos. E, na maioria dos casos, a venda se concretiza.

A retomada da feira neste ano tem sido positiva para os pequenos produtores. Segundo a organização da feira, a comercialização destes produtos chegou a R$ 480 mil apenas nos dois primeiros dias. A expectativa é que até sexta-feira (11/03), último dia de Expodireto, o faturamento chegue a R$ 1 milhão.

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Pavilhão da agricultura familiar deve chegar a R$ 1 milhão em vendas de produtos como queijos, sucos e embutidos (Foto: Divulgação/Cotrijal)

 

 

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Cooperada da Cotrijal há décadas e expositora em 21 edições da feira – exceto àquela virtual no ano passado -, Dulce Weber não esconde a felicidade de ter sua barraca de embutidos novamente aberta ao público. “[Sem a feira], nós fizemos entregas em Não-Me-Toque, Passo Fundo, Carazinho. Mas não foi fácil. A feira faz até o triplo ou mais [de vendas] em comparação a outros meses”, diz, lembrando que precisou de ajuda para atender a alta procura.  

Outros expositores também se mostraram muito satisfeitoss. É o caso de Vitor Baggio, cujos sucos de uva fazem sucesso sob o sol de 35°C de Não-Me-Toque. De acordo com ele, sem as feiras, considerando também outras regionais como Expointer e Expoagro Afubra, o faturamento de sua empresa caiu 80%. 

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“Praticamente 90% das minhas vendas vêm das feiras e merenda escolar. Agora está tudo voltando, a sensação é de otimismo”, afirmou enquanto a fila de clientes para comprar o suco se formava.

O presidente do Sindicato Rural de Não-Me-Toque, Maiquel Roberto Junges, comenta que os agricultores familiares foram à Expodireto com receio, pois o produtor gaúcho, que é o grande público da feira, está mais descapitalizado em decorrência da quebra da safra de soja.

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“A retomada das feiras é muito mais importante para eles, porque vai alavancar a renda dentro da propriedade. Os produtores vieram preocupados, esperando um cliente mais desanimado, mas o que se percebe aqui são pessoas alegres. 2022 está começando com tudo”, afirma.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schoreder, concorda. De acordo com ele, 85% dos cooperados são de pequena propriedade e os produtos vendidos para consumo são significativos para a renda familiar. “Até sexta-feira muitos visitantes ainda passarão por lá. Logo, o bom desempenho do pavilhão da agricultura familiar é a prova da retomada pós pandemia”, diz.

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Source: Rural

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