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Dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Nesta data, em que se lembra da luta feminina por mais espaço e protagonismo, é importante também lembrar das mulheres do campo. E quando falamos de igualdade de gênero no agronegócio, ainda vemos um atraso muito grande em relação a outros setores da sociedade.

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Vanusia Nogueira é a primeira mulher a comandar a OIC (Foto: Breenda Rabelo)

 

Pesquisa feita no ano passado pelo movimento Agroligadas, em parceria com a multinacional Corteva e com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e o Sicredi, cooperativa financeira, revelou que 93% das mulheres que trabalham no campo sentem orgulho do que fazem, mas 64% delas disseram não compartilhar do sentimento de que existe igualdade de gênero.

Apesar do longo caminho a ser percorrido, elas estão conquistando seu espaço, seja em fazendas, empresas ou cooperativas. Um destaque recente é Vanusia Nogueira, eleita recentemente para o comando da Organização Internacional do café (OIC), entidade que reúne representações de diversos países, inclusive o Brasil, para discutir e traçar diretrizes para o mercado global de café.

Vanusia assume o cargo a partir de maio. É a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto na Organização, sediada em Londres capital britânica. Filha e neta de produtores de café, ela tem a missão de levar um novo olhar para a entidade e mediar os interesses dos diversos elos da cadeia produtiva.

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Em conversa com Globo Rural, ela destacou as diferenças de olhar e de pontos de vista que são próprias de homens e mulheres. E de como abrir mais espaço para elas pode tonar a vida deles mais simples. "A gente faz, três, quatro, cinco coisas ao mesmo tempo sem o menor problema. Então, eu acho que aceitar vai tornar a vida de vocês homens também muito mais leves", disse.

Sobre o trabalho à frente da Organização Internacaional do Café, Vanusia disse que pretende levar uma dinâmica mais próxima do setor privado à entidade, que, ao longo de sua história, tem uma atuação bastante ligada à diplomacia.

"Eu vou levar um acara de setor privado, vou ter que aprender muito com a diplomacia porque, em alguns momentos, vou precisar ser diplomata, apesar de não ser diplomata de carreira, mas levar esse ritmo, esse dinamismo e esse olhar do setor privado para governos, para que etendam que a gente precisa agir de outra forma", avaliou.

O protagonismo das mulheres no agronegócio foi assunto do CBN Agro desta terça-feira (8/3), no CBN Primeiras Notícias. O quadro vai ao ar diariamente, por volta das 5h45. Clique e ouça. E todas as terças-feiras, por volta das 13h25, no CBN Brasil

 

 

 
Source: Rural

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