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Representantes do setor agropecuário do Rio Grande do Sul cobraram de autoridades estaduais e federais medidas de enfrentamento à estiagem que atingiu lavouras do Estado, durante a abertura da Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque. O evento começou nesta segunda-feira (7/3) e vai até a sexta-feira, dia 11, retomando as atividades presenciais depois de dois anos.

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recinto da Expodireto Cotrijal. Feira retoma as atividades presenciais (Foto: Divulgação/Cotrijal)

 

“Vamos olhar para frente, modernizar as leis, decidir na Câmara e não vamos fazer reunião para marcar reunião. Vamos resolver os problemas do agro, da indústria, comércio, plantio, cadeia do leite, cadeia suína, produção animal e produção vegetal. Esse é o nosso papel. Não estamos aqui para tirar fotografia para sair no jornal”, enfatizou o presidente da Cotrijal, Nei Cesar Manica, presidente da Cotrijal, de acordo com o divulgado pela cooperativa.

Na safra 2021/2022, as lavouras do estado foram significativamente afetada por uma forte seca, que trouxe perdas para diversas culturas, especialmente soja e milho, além de pecuária leiteira. Em fevereiro, a secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul anunciou a destinação de R$ 275,9 milhões para produtores rurais minimizarem os efeitos da seca no campo.

Guerra Rússia e Ucrânia

Além do cenário de estiagem, a Expodireto Cotrijal abriu as portas para o público em um cenário de incerteza para o setor agropecuário. Além da seca no Sul, os custos de produção estão em alta e o cenário de escassez de insumos tende a ser agravado com as consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou a 12 dias nesta segunda-feira e causou uma disparada nos preços internacionais de commodities como petróleo e trigo.

O cenário de guerra, que atinge um dos principais produtores e fornecedores mundiais de fertilizantes, deixou mais evidente os riscos da dependência do agronegócio brasileiro dos produtos importados, que respondem por 85% do volume utilizado nas lavouras do país. Analistas de mercado consideram que o risco de faltar fertilizantes é real.

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Na sexta-feira (4/3), um comunicado do governo da Rússia recomendou a suspensão de todas as exportações de fertilizantes. No mesmo dia, o Ministério da Agricultura divulgou comunicado dizendo que, por se tratar de uma recomendação, a princípio, não está afetando o comércio do insumo com o Brasil. E que recebeu a informação de que, ainda na sexta-feira (4/3) foi feito um embarque da empresa Acron para o Brasil.

Apesar das incertezas que atingem o setor, pelo menos até a abertura das portas do parque de exposições, o discurso dos organizadores era o de retomada do otimismo para os negócio na feira. Não mais de 550 expositores levando as novidades para os visitantes, entre maquinário, insumos e outros produtos e serviços para o produtor rural.

Entre os destaques, de acordo com os organizadores, está a Arena Agrodigital, área, com mais de 1,7 mil metros quadrados com foco em soluções inovadoras para o campo. O local terá 34 espaços, com 26 expositores, seis startups e dois hubs, além do espaço institucional da Cotrijal. Outra atração tradicional da feira é o Pavilhão da Agricultura Familiar, onde o público encontrará 197 expositores de diversos municípios do Rio Grande do Sul.

Em 2020, a Expodireto Cotrijal recebeu 256 mil visitantes e registrou R$ 2,6 bilhões em comercialização, valor 10% superior aos R$ 2,4 bilhões obtidos em 2019. “Temos uma boa expectativa para esta edição, com produtores capitalizados. O público que visitar a Expodireto vai encontrar inúmeras novidades que, em breve, estarão no campo impulsionando o agronegócio brasileiro”, dizia o presidente da Cotrijal, Nei Manica, em comunicado divulgado pela organização no último domingo.
Source: Rural

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