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O acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia, que culminou com uma ação militar ordenada pelo governo russo no território ucraniano, refletiu até na Fórmula 1, que nesta semana, realiza os primeiros testes da pré-temporada de 2022. Além de pilotos questionarem a realização do Grande Prêmio da Rússia, por conta do conflito, a equipe Haas acabou ficando em evidência por sua relação direta com uma empresa que tem origem em um dos atores do conflito.

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Carro da Haas durante testes, na Espanha. Empresa russa de fertilizantes é o principal patrocinador da equipe (Foto: Divulgação/Haas F1 Team)

 

A equipe, americana de origem, anunciou, nesta quinta-feira (24/2), que participará da última sessão de testes, nesta sexta-feira (25/2), em Barcelona (Espanha), sem a logomarca de seu principal patrocinador, a Uralkali, empresa russa do setor de fertilizantes. O peso do patrocínio é tão grande que, além de ter o carro pintado com as cores da bandeira russa, a Haas tem como um de seus pilotos o russo Nikita Mazepin.

"A Haas apresentará seu VF-22 em uma pintura totalmente branca, sem a marca da Uralkali, para o terceiro e último dia de testes no Circuito de Barcelona-Catalunha em 25 de fevereiro", informou a equipe em seu comunicado, de acordo com o site ge.globo.

A participação de Nikita Mazepin – que é filho de um dos principais executivos da empresa – está confirmada na sessão de testes. O companheiro de equipe do russo é o alemão Mick Schumacher, filho do sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher.

Comuncado da Haas a respeito de seu principal patricinador (Foto: Reprodução/ge.globo)

 

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A Uralkali é uma das principais empresas de fertilizantes da Rússia. De acordo com seu site oficial, a produção de Cloreto de Potássio da empresa é de 11,3 milhões de toneladas (dado de 2020) a partir de cinco minas. A Uralkali tem ainda uma estrutura logística tem capacidade de armazenar 640 mil toneladas e negócios com mais de 70 países.

No ano passado, uma conversa com executivos da empresa foi mencionada pelo Ministério da Agricultura como parte de uma agenda oficial da ministra Tereza Cristina à Moscou, onde conversou com representantes de produtores russos de adubo. A Rússia responde por cerca de 20% do fornecimento de fertilizantes para a agricultura brasileira.

O acirramento do conflito com a Ucrânia coloca mais incerteza no mercado do insumo, que já sente os efeitos de outros problemas geopolíticos no mundo, além da crise na logística global causada pela pandemia de Covid-19.

*Com informações de ge.globo
Source: Rural

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