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Em meio a problemas climáticos que causaram perdas nas lavouras, especialmente no Sul do Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo a previsão de safra de grãos no Brasil para 268,223 milhões de toneladas na safra 2021/2022. Os números estão no 5º relatório de acompanhamento de safra de grãos, divulgado nesta quinta-feira (10/2), em Brasília (DF).

A projeção anterior, divulgada em janeiro era de 284,394 milhões de toneladas. Ainda assim, o número atual representa um crescimento de 5% em comparação com a safra 2020/2021, quando a colheita foi estimada em 255,430 milhões de toneladas de grãos. A área total plantada com grãos no Brasil é projetada em 72,266 milhões de hectares.

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Danos às lavouras de soja no sul do Brasil levaram a uma redução das estimativas de colheita (Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)

 

"O desempenho da atual safra sofre impacto da forte estiagem, verificada nos estados da Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, que justifica as perdas expressivas nas produtividades estimadas, sobretudo nas lavouras de soja e milho”, explica o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro, no comunicado divulgado pela Companhia.

Na nota, Ribeiro pontua que a chuva registrada em janeiro, mesmo mais regular do que a de dezembro, não foi suficiente para a região. Com isso, a estimativa para a produção de soja sofrei uma redução significativa, de 140,499 milhões de toneladas para 125,471 milhões de toneladas. A colheita prevista é 9,2% menor que a da safra passada, que foi de 138,153 milhões de toneladas.

"A consequência desta quebra é uma redução de oferta que, por consequência, gera uma redução de estimativa de esmagamentos e principalmente de exportações", ressalta a Conab, no relatório.

A estimativa para a produção de milho foi reduzida de 112,901 milhões para 112,342 milhões de toneladas, considerando os três ciclos anuais da cultura monitorados pelos técnicos da Conab. A primeira safra é estimada em 24,434 milhões de toneladas, a segunda em 86,052 milhões e a terceira em 1,856 milhão de toneladas do cereal.

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Outra cultura que teve a estimativa reduzida pelos técnicos da Conab foi a de arroz, que tem no Rio Grande do Sul o principal produtor nacional. O número passou de 11,380 milhões para 10,565 milhões de toneladas, considerando lavouras irrigadas e de sequeiro.

A safra de feijão teve sua estimativa reduzida de 3,084 milhões para 3,060 milhões de toneladas, considerando os três ciclos anuais para a culturas nas variedades cores, caupi e preto. A primeira safra é estimada em 935,5 mil toneladas, a segunda em 1,312 milhão e a terceira em 812,2 mil toneladas.

Já a produção de algodão teve uma leve revisão para cima, de 3,942 milhões para 3,949 milhões de toneladas de algodão em caroço. A produção de algodão em pluma passou de 2,708 milhões para 2,711 milhões de toneladas.

Culturas de inverno

Entre as culturas de inverno, a Companhia Nacional de Abastecimento elevou sua projeção de produção de 9,248 milhões para 9,565 milhões de toneladas neste ano. O cálculo considera as lavouras de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale. Todas tiveram os números revisados para cima.

Na principal das lavouras de inverno, a do trigo, a previsão passou de 7,679 milhões para 7,879 milhões de toneladas. Para a produção de aveia, a colheita prevista passou de 1,035 milhão para 1,148 milhão de toneladas.
Source: Rural

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