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Menos de um ano após sua estreia na bolsa de valores, os cerca de R$ 460 milhões levantados pela Boa Safra sementes em sua oferta inicial de ações em abril do ano passado já dão os primeiros resultados pra a companhia, que anunciou nesta segunda-feira (07/02) a conclusão da expansão da unidade de Buritis, em Minas Gerais. O novo espaço aumenta a capacidade de produção e armazenamento da Boa Safra Sementes em cerca de 10 mil toneladas de sementes em Minas Gerais após a empresa registrar um resultado recorde no terceiro trimestre do ano passado: R$ 586,6 milhões – aumento de 92% em relação ao mesmo período de 2020.

Unidade da Boa Safra Sementes em Buritis (MG), primeira de uma série de obras de expansão iniciadas após o IPO da companhia (Foto: Divulgação)

 

“Essa é a primeira planta que estamos entregando e a gente acredita que dentro do próximo mês a gente entregue também a unidade de Cabeceiras”, destaca Marino Colpo, diretor-presidente da Boa Safra. Após a expansão das plantas de Minas Gerais e Goiás, a perspectiva é de que a inauguração da unidade de Jaborandi, na Bahia, seja anunciada em abril, quando completa um ano da abertura de capital da companhia. O plano, destaca Marino, é que todas estejam prontas para iniciar a operação de beneficiamento e armazenagem das sementes que atenderão a safra 2022/23.

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“Para as plantas que vão ser entregues e essa primeira que acabamos de entregar, a gente foi muito rápido. Fizemos o IPO, mas já estávamos com tudo montado”, explica o executivo ao revelar que a compra de parte dos materiais necessários para a obra foi feita de maneira antecipada. Com isso, a companhia conseguiu fugir da forte alta nos custos da construção civil garantindo uma economia de 40% em relação aos valores desembolsados para as obras de um Centro de Distribuição às margens da BR 163 em Sorriso (MT), cuja inauguração está prevista para o ano que vem.

“Realmente, a inflação que tem ocorrido hoje é um dos grandes desafios para o investimento no setor. O país necessita de tanto investimento, e o agro precisa de investimento e infraestrutura. Uma inflação tão grande no custo de construção como tivemos é um desafio como um todo”, observa Marino ao reconhecer que os custos obtidos na expansão de Minas Gerais, Goiás e Bahia ficaram no passado.

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Segundo o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil calculado pelo IBGE, a atividade encerrou 2021 com uma inflação acumulada de 18,65%. Para enfrentar o novo cenário, a companhia formou um time de engenharia em meados do ano passado e reestruturou o projeto de Sorriso. Com isso, ele explica que a empresa tem sido mais “cirúrgica” nos projetos de expansão previstos para 2023.

“De fato, eu até brinco que aqui viramos uma empresa de semente e engenharia, porque temos que construir três obras por ano. Realmente, é um desafio muito grande”, comenta o diretor-presidente da Boa Safra Sementes. Segundo ele, a expansão é parte da estratégia da companhia para diluir a forte alta nos custos de produção de sementes no último ano – setor que também depende de insumos importados como fertilizantes e defensivos, além da própria soja.

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“Lógico que eu não consigo mitigar o preço da soja, mas numa planta maior, com usina solar como a gente fez, eu consigo mitigar o preço da energia, eu produzo mais com mais eficiência e aí você começa a diluir um pouco o custo. Então a nossa estratégia já é, há alguns anos, assim”, completa Marino.
Source: Rural

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