O setor florestal saiu fortalecido na pandemia,seja pela produção de itens essenciais como embalagens de papel, tissue (lenços de papel e papel higiênico) e EPIs (equipamentos de proteção individual) de saúde, seja pela sustentabilidade associada à produção florestal.
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A tendência para 2022 é a manutenção do aquecimento nos produtos do setor de árvores cultivadas (Foto: Editora Globo)
"O setor soube ler com antecedência a gravidade da pandemia de Covid-19 e se preparou para atender à demanda"
José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá)
Segundo a Ibá, a produção de celulose, carro-chefe das exportações, foi a segunda maior da história em 2020, com 20,952 milhões de toneladas. Papel, painel de madeira e pisos laminados, destinados principalmente ao mercado interno, também tiveram aumento de produção entre 1,4% e 6,6%.
O setor manteve seu ritmo de produção acelerado em 2021. No terceiro trimestre, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, houve avanços na fabricação de celulose (+4,9%), papel para imprimir e escrever (+15%) e também em papéis para fins sanitários (+1,2%).
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Segundo o diretor da Ibá, a tendência para 2022 é a manutenção do aquecimento nos produtos do setor de árvores cultivadas, porque o planeta busca cada vez mais itens de origem sustentável. A China, que gerou uma receita ao setor de US$ 2 bilhões de janeiro a setembro de 2021, deve se manter como principal mercado da celulose nacional, segundo o embaixador, que alega compliance para não comentar os preços.
Na avaliação de Andrés Padilla, analista do Rabobank, a tendência é de preços menores da celulose em 2022. No segundo semestre de 2021, diz ele, houve uma queda da demanda chinesa, que impactou os preços no mundo, tirando quase US$ 200 por tonelada em relação ao primeiro semestre, quando a tonelada da fibra curta atingiu US$ 780.
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O especialista do Rabobank acredita que essa demanda chinesa reprimida pode ser transferida para a primeira metade de 2022, o que poderia elevar os preços. No entanto, dois fatores puxam o valor da tonelada para patamares mais baixos: os estoques maiores e o aumento de oferta das novas fábricas da América do Sul.
(Foto: Editora Globo)
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