Skip to main content

Prorrogação de contratos realizados por produtores rurais paulistas que estejam próximos do vencimento e a não inserção do nome como inadimplente nos órgãos de restrição ao crédito, pelo menos por enquanto. Foram algumas das solicitações feitas pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, em ofício enviado a instituições financeiras do país, como Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Mercantil do Brasil, Sicoob/Bancoob, Safra e Santander, além da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Cafezal atingido por geada, na região da Alta Mogiana, no interior de São Paulo. Situação levou a Faesp a pedir renegociação de dívidas e de prazos para produtores rurais paulistas (Foto: Andre Cunha/Arquivo Pessoal)

 

Meirelles também encaminhou ofício a empresas e cooperativas como a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, Coopercitrus, de Bebedouro (SP), e Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), de Franca, pedindo que abram canais de negociação de prazos de pagamento e entrega dos produtos com associados.

Ele destaca que o setor agropecuário paulista enfrentou recentemente uma série de eventos climáticos, como seca, geada e incêndios, que influenciaram diretamente na capacidade de liquidez dos produtores rurais. Há, ainda, a crise hídrica, que levou à adoção de uma nova bandeira tarifária com aumentos na conta de energia.

saiba mais

Contratação de crédito rural cresceu 37% nos três primeiros meses da safra

Governo lança CPR Verde para pagamento por serviços ambientais

 

O presidente da Faesp argumenta que muitos produtores chegaram a perder até 100% da lavoura e somente poderão recuperar o potencial produtivo em dois ou três anos, tendo, então, sua renda comprometida durante esse período. Por isso, além da prorrogação das dívidas, o dirigente pede a criação de  uma linha de crédito especial, com prazo de reembolso e condições facilitadas, para viabilizar a recuperação da estrutura produtiva e manutenção das atividades agropecuárias atingidas pela geada, seca e vendavais.

Outro pedido destacado pela Faesp é o uso efetivo pelas instituições bancárias da linha de crédito com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para auxiliar os cafeicultores paulistas abalados por geadas neste ano. Em agosto, o Conselho Monetário Nacional, por recomendação do Ministério da Agricultura, reservou R$ 1,32 bilhão do Fundo para apoiar os cafeicultores que tiveram perdas com as geadas.
Source: Rural

Leave a Reply