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As temperaturas congelantes no Brasil, com geadas em várias regiões, já fazem subir os preços internacionais de café e açúcar e ameaçam as lavouras em meio à previsão de que esta sexta-feira (30/7) seja o dia mais frio do ano.

O Sistema Nacional de Meteorologia prevê novas geadas para grande parte do centro-sul, em especial no região Sul, sul de Mato Grosso do Sul, áreas de São Paulo e sul de Minas Gerais. No sábado (31/7), ainda poderá ocorrer geada na divisa entre São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, sócio-diretor da Rural Clima, o sul de Goiás e o sul de Mato Grosso do Sul, importantes Estados produtores de grãos, devem enfrentar temperaturas muito frias nesta sexta, conforme a onda de ar frio avança para o norte.

Geada tem atingido as lavouras, em especical no sul do Brasil (Foto: Embrapa Trigo/Divulgação)

 

"Há uma massa de ar polar ganhando ainda mais força em grande parte das regiões produtoras do centro-sul do Brasil", afirmou Santos. "Com isso, as chances de gear em áreas de café, cana de açúcar, laranja aumentaram drasticamente."

No Rio Grande do Sul, a onda de frio causou nevascas em ao menos 13 cidades na quarta-feira (28/7). Nos mercados globais, o clima extremo gerou preocupações com as safras do Brasil, grande exportador de commodities agrícolas.

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Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram uma máxima de cinco meses na quinta-feira (29/7), à medida que investidores seguiam precificando os efeitos da frente fria no maior produtor global do adoçante.

Operadores indianos assinaram pela primeira vez contratos de exportação de açúcar cinco meses antes dos embarques, já que a provável queda de produção no Brasil levou compradores a garantir suprimentos do país asiático com antecedência.

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Os preços do café arábica chegaram a tocar uma máxima de quase sete anos nesta semana, também diante do impacto do frio no Brasil, maior produtor de café do mundo. Há expectativas de que empresas repassem os custos mais elevados aos consumidores.

Estimativas preliminares da estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicaram que apenas as geadas da semana passada afetaram de 150 mil a 200 mil hectares, cerca de 11% da área total de café do país.

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A segunda safra de milho do Brasil, que representa de 70% a 75% da produção anual, sofreu com a seca e com as geadas inoportunas em momento em que os agricultores começam a colhê-la.

A situação levou operadores de grãos a abandonar contratos de exportação por meio de cláusulas de "washout", reduzindo drasticamente as perspectivas de exportação do Brasil neste ano e aumentando a necessidade de importações do cereal.

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Source: Rural

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