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A volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras do Centro-Sul alcançou 45,65 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho e recuou 2,37% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Em São Paulo, a moagem caiu 4,54% para 26,38 milhões de toneladas, enquanto nos demais estados do Centro-Sul a quantidade processada aumentou 0,76% para 19,26 milhões de toneladas.

Plantação de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto (SP), no cinturão de produção de açúcar do país (Foto: Marcelo Teixeira/Reuters)

 

O levantamento mostra que, desde o início do ciclo 2021/2022 até a primeira metade de julho, a moagem acumula queda de 7,36%. Nesse período, a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas atingiu 256,75 milhões de toneladas, ante 277,15 milhões de toneladas mesmo período do último ciclo agrícola. Em relação ao número de usinas em operação, 254 empresas registraram produção até dia 16 de julho, contra 264 unidades industriais em igual data do último ano. Na última quinzena, não houve novas unidades iniciando a safra.

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A Unica relata que os dados preliminares apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para a primeira quinzena de julho, considerando uma amostra comum de 24 unidades, apontaram produtividade de 68,2 toneladas por hectare colhido no mês ante 79,0 toneladas observadas no mesmo período na safra 2020/2021 – queda de 14% no rendimento agrícola.

Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA, comenta que “a amostra ainda é preliminar, mas indica que a queda na produtividade segue a tendência já observada nas últimas quinzenas. As baixas temperaturas observadas no início do mês também devem ter exigido alterações no cronograma de colheita em algumas regiões, impactando o rendimento da lavoura colhida”.

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A qualidade da matéria-prima processada na primeira quinzena de julho, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), aumentou 1,13% e atingiu 143,63 kg por tonelada de cana-de-açúcar em 2021 contra 142,02 kg verificados na mesma quinzena do último ano.  No acumulado desde o início da safra até 16 de julho, o indicador de concentração de açúcares assinala 134,83 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, com aumento de 1,43% em relação ao valor da safra 2020/2021.

“Os dados de produtividade e qualidade da matéria-prima da primeira quinzena de julho ainda não incorporam todo o efeito esperado das geadas observadas nas regiões produtoras nos últimos dias. A influência desse evento deve ficar mais evidente na segunda quinzena de julho e no mês de agosto”, completa o executivo da Unica.

Produção

Na primeira metade do mês de julho, 47,13% da cana processada foi destinada à produção de açúcar, ante 47,89% registrados na mesma época de 2020. A fabricação retraiu 2,84% na última quinzena e atingiu 2,94 milhões de toneladas, ante 3,03 milhões em igual período do ano anterior. O volume de etanol alcançou 2,16 bilhões de litros na primeira quinzena de julho.

“Seguindo o padrão observado desde o início da safra, observa-se um aumento substancial na fabricação de etanol anidro, com 889 milhões de litros produzidos, alta de 32% em relação a mesma quinzena do último ciclo agrícola. A produção de etanol hidratado registrou 1,27 bilhão de litros fabricados (-13,03%). Do total produzido de biocombustível, 129,95 milhões de litros foram fabricados a partir do milho.”

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No acumulado do início da safra 2021/2022 até 16 de julho, a produção de açúcar alcançou 15,20 milhões de toneladas, ante 16,38 milhões de toneladas verificadas na mesma data do ciclo 2020/2021.  A fabricação acumulada de etanol, por sua vez, totalizou 11,81 bilhões de litros, sendo 4,31 bilhões de litros de etanol anidro e 7,50 bilhões de litros de etanol hidratado. Do total fabricado, 815,61 milhões de litros do biocombustível foram produzidos a partir do milho.

“As unidades produtoras permanecem priorizando a produção do etanol utilizado como aditivo à gasolina, registrando sucessivos aumentos ao longo das quinzenas”, explicou Rodrigues.
 

Vendas de etanol

Na primeira quinzena de julho, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram um total de 1,19 bilhão de litros de etanol, registrando, pela primeira vez na safra, uma retração: 1,2% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021. Do total, 18,42 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 1,17 bilhão de litros vendidos domesticamente.

No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 701,17 milhões de litros na primeira metade de julho, com redução de 6,79% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (752,23 milhões de litros). A quantidade comercializada de etanol anidro, por sua vez, registrou aumento de 26,95%, com 468,31 milhões de litros vendidos em 2021 contra 368,89 milhões de litros em 2020.

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No mercado interno, observou-se, ainda, um aumento das saídas por cabotagem que se elevou em cerca de 10 mil metros cúbicos (de 28 mil em junho para 38 mil em julho). As vendas de etanol outros fins no mercado interno registraram queda 4,71% na quinzena, totalizando 58,11 milhões de litros comercializados.

No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 16 de julho, o volume de etanol comercializado pelas empresas do Centro-Sul acumula crescimento de 8,53%, somando 8,29 bilhões de litros. Desse total, 433,52 milhões de litros foram destinados à exportação (queda de 17,42%) e 7,86 bilhões ao mercado interno (aumento de 11,19%).
Source: Rural

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