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Não basta a exótica combinação do colorido vibrante das penas para atrair os olhares dos apreciadores. Muito ativo e desenvolto, o lóris é uma ave que não passa despercebida com seus movimentos, que ocupam todo o espaço onde vive.

E se, por acaso, ainda não conseguir a atenção esperada, o pássaro emite um assovio  intenso para ser notado. Por todas essas características, há muito tempo é um animal de estimação desejado na Europa e nos Estados Unidos.

Lóris, o primo colorido do papagaio (Foto: Getty Images)

Aqui, a demanda também tem potencial, tornando-se uma ótima opção de atividade  comercial, tanto para diversificar o trabalho de tradicionais criadores de aves quanto para  interessados em iniciar um pequeno empreendimento, mesmo sem experiência. De trato fácil e bom reprodutor, o lóris pode ser uma fonte ou complemento de renda, inclusive para quem tem um espaço ocioso em um sítio, chácara ou quintal de residência, já que a criação não necessita de instalações amplas para viver.

Vendidas em lojas de produtos agropecuários, gaiolas galvanizadas são ideais para  acomodar um casal por unidade. Penduradas em ganchos no teto ou na parede, ou ainda na versão viveiro, em modelos retangulares, não ocupam grandes áreas, que podem ser um galpão rústico ou até uma edícula em desuso. 

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Nos mesmos pontos de venda, é comum encontrar a alimentação em pó adequada para a espécie, pertencente à família dos psitacídeos, a mesma de periquitos, papagaios, maritacas, araras, tuins e jandaias.

Oriunda de ilhas nos limites da Oceania e do Sudeste Asiático, onde as temperaturas são  geralmente elevadas, a ave gosta de clima quente. Assim, adapta-se muito bem na região centro-norte do Brasil, embora não apresente contraindicações para se desenvolver na Região Sul.

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No frio ou no calor, no entanto, o importante é manter a higiene do criatório. O jato veloz da evacuação do lóris exige limpeza frequente das acomodações. O uso de gaiolas ou  viveiros grandes, com plástico ou papel absorvente cobrindo as laterais e o chão, ajuda a evitar que a sujeira se lance pelo ambiente.

Como gosta de se banhar, o próprio pássaro garante seu asseio se contar com um  recipiente com água à disposição. O lóris se protege de doenças passando nas penas e pés folhas de eucalipto ou de aceroleira, depois de mastigá-las.

Além do visual exuberante, devido à composição de cores diversas, como marrom, verde, vermelho, amarelo, azul, laranja, violeta e preto, o lóris é manso. Quando alimentado na mão, no período entre 20 e 60 dias de vida, torna-se confiante para subir nos ombros do dono. Se treinado com dedicação e isolado de outras aves, pode pronunciar algumas palavras, embora de forma não tão articulada como seu primo papagaio.

Maos à obra

INÍCIO: Se informe com o órgão ambiental responsável pela região sobre a documentação necessária para criar lóris comercialmente. Ao comprar as matrizes, também verifique se o criador possui registro. As aves ainda precisam ter marcação da anilha. Há  muitas variedades da espécie para escolher, com tamanhos e cores diferentes, mas o de lida mais fácil é o molucano, enquanto o bailarino é o que mais vocaliza.

AMBIENTE: O lóris gosta de viver em lugares de clima quente, mas tolera períodos de frio se contar com criatório protegido. Recomenda-se que o local receba os raios de sol da manhã e, para assegurar uma elevada eclosão de ovos, tenha umidade acima de 30%, mas desde que
não seja excessiva. 

INSTALAÇÃO: Pode ser gaiola ou viveiro, de acordo com o interesse do criador ou a disponibilidade de espaço existente. Para gaiola para um casal, indica-se como medidas mínimas 1,20 x 0,60 x 0,60 metro. Deve ser dotada de poleiros de madeira, para servirem 
de apoio e descanso.

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EQUIPAMENTOS: Bebedouro e comedouro são essenciais e vendidos em lojas do ramo. Ninho de madeira de 40 x 20 x 20 centímetros pode ser comprado ou feito na propriedade. Para dar vazão às fezes líquidas das crias, na base do ninho é preciso ter furos. O modelo retangular, com rampa ao longo de toda a extensão do comprimento, contribui para que os ovos não se quebrem.

ACESSÓRIOS: Brinquedos específicos para aves ajudam na distração diária do lóris. Mas o  que não pode faltar é um recipiente com água para o banho. Deixe a “banheira” apenas por algum tempo dentro da gaiola ou do viveiro, para que o lóris não se mantenha molhado o bastante para contrair doenças respiratórias.

ALIMENTAÇÃO: Misturadas com água, frutas em pó de marca conhecida e premium é a principal refeição do lóris que vive em criações – evite frutas in natura, para não atrair abelhas. A papa, que deve ser trocada duas vezes ao dia, substitui o pólen e o néctar das flores dos quais a ave se alimenta em seu hábitat natural, utilizando sua língua comprida e com ponta rugosa. Vale ressaltar, no entanto, que sementes e grãos não podem ser oferecidas, nem vitaminas são indicadas, devido ao sistema hepático sensível do lóris. Como suplemento, acrescente mel à papa, mas apenas duas vezes na semana, para que não se crie fungo no bico.

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REPRODUÇÃO: Tem início diferente entre fêmeas, que começam aos dois anos de vida, e machos, que estão prontos no terceiro ano de idade. Em média, a cada postura de dois em dois meses são gerados dois ovos, que levam de 23 a 26 dias para serem chocados. O uso de chocadeiras artificiais é uma opção para liberar as mães para aumentar a produção, porém, é um processo que exige, a cada 30 minutos, nas primeiras 24 horas da cria nascida e entre 7 e 22 horas, fornecimento de soro fisiológico no bico do filhote. Usar o red rumped como ama é mais seguro.

Raio X

CRIAÇÃO MÍNIMA: um casal de matriz.

CUSTO: o preço de cada ave em criadouros varia de R$ 2.500 a R$ 3.800.

RETORNO: entre dois e três anos. 

DESPESCA: dois ovos por postura.
Source: Rural

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