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A falta de insumos para a indústria de transporte tem causado reflexos na fabricação e  entrega de caminhões novos para o mercado brasileiro.

Esse foi um dos assuntos da live de estreia de 9ª temporada do Caminhos da Safra, com um panorama do escoamento da safra 2020/2021. Segundo o diretor de vendas de soluções da Scania, Silvio Munhoz, o setor tem trabalhado “da mão pra boca”, sem saber o dia de amanhã.

Frota de caminhões da transportadora G10, que enfrentou dificuldades para importar pneus (Foto: Tiago Barella/Scania)

 

“Se você me perguntar se a produção da semana que vem da Scania está garantida, eu digo que não. Nós estamos trabalhando da mão pra boca. O que chega hoje é para produção de amanhã e o que chega amanhã ninguém tem certeza”, revelou o executivo ao abordar a situação da indústria automobilística.

Ele destacou que a interrupção das cadeias de fornecimento globais no ano passado, logo no início da pandemia de Covid-19, ainda não foi totalmente retomada – o que afeta as vendas de novos veículos.

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“Eu fiz algo que nunca imaginei fazer na minha vida. Assinei pedido em branco, sem valor, sem desenho, sem medida, falando para o fabricante mandar o desenho, a medida, o volume e o preço que ele quiser. Dei um cheque em branco”, completa Claudio Adamuccio, CEO da G10 transportes.

Com uma frota de mais de 7 mil veículos, ele tem enfrentado dificuldades para obter insumos básicos, como pneus. Neste ano, renovou 300 veículos até o momento, num ritmo abaixo do ideal.

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“Quando o ano está bom, temos uma compra planejada num certo número. Se o ano está ruim, a gente reduz, mas não para nunca. Recebemos caminhão em fevereiro, em março e temos caminhão para receber até dezembro. Mas o que muda são os números”, explica Adamuccio ao destacar que, devido ao tamanho da frota brasileira, o transporte rodoviário não corre risco.

De acordo com Munhoz, a previsão é de que a situação se regularize apenas no ano que vem, umas vez que empresas importantes do setor de semi-condutores interromperam a produção nos últimos meses.

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“No caso de semicondutores, o problema foi mais grave pq tivemos dois grandes produtores com problemas seríssimos (…) Estamos conseguindo manter a produção com muito sacrifício e com custos elevados porque estamos buscando outras fontes e importando via área para não perder o ritmo de produção. Isso aumenta o custo, mas o compromisso de entrega existe e temos que honrar esse compromisso”, completa Munhoz.

Assista à íntegra da live

Source: Rural

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