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Um rebanho de vacas europeias aderiu a um acessório que se tornou popular entre os humanos nos últimos anos. Os animais receberam máscaras que prometem mitigar a emissão de gases do efeito estufa. O material retêm mais de 50% do metano emitido pelo arroto do gado. O equipamento desenvolvido por uma startup inglesa está em fase de testes e transforma o gás em vapor d´água e dióxido de carbono. A multinacional Cargill, uma das maiores indústrias de grãos do mundo, se uniu à iniciativa da startup Zelp (sigla de Zero Emission Livestock Project ou Projeto de Emissão Zero de Gado).

Máscara promete reter 53% do metano produzido pelo arroto dos animais, transformando o gás em vapor d'água e dióxido de carbono (Foto: Zelp/Divulgação)

 

A Cargill será a distribuidora exclusiva do novo dispositivo para o mercado europeu de lácteos a partir do segundo semestre de 2022. Ainda não há planos para a tecnologia ser oferecida no Brasil.

“Os agricultores e o agronegócio estão procurando maneiras de impulsionar a mitigação do metano e a mudança para o nosso planeta, ao mesmo tempo que atendem ao desafio de alimentar uma população em crescimento. Com a parceria com a Zelp, estamos em uma posição única para ajudar a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção de gado”, disse Delphine Melchior, diretora global do setor de sustentabilidade e qualidade da Cargill, segundo nota da assessoria.

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Até 95% das emissões de metano dos bovinos vêm da boca e narinas. A tecnologia Zelp, que é ajustada no animal por meio de cabresto, mede, captura e oxida o metano em tempo real.

Segundo Francisco Norris, CEO e cofundador da startup, além de reduzir as emissões de metano, o produto melhora o bem-estar animal porque captura uma série de dados comportamentais e fisiológicos, além de monitorar a respiração e as emissões de metano.

Cargill distribuirá dispositivo no mercado europeu a partir do segundo semestre de 2022. Ainda não há planos para a tecnologia ser oferecida no Brasil (Foto: Zelp/Divulgação)

 

O uso do dispositivo permitiria ao fazendeiro detectar a temperatura do animal, antecipar doenças, prevenir surtos e ter dados sobre digestão e eficiência de conversão alimentar.

Norris acrescenta que a tecnologia catalítica já demonstrou um potencial de redução de 53% das emissões e o uso da máscara não teve nenhum impacto sobre o rendimento da produção, ruminação, períodos de descanso e atividade e consumo de ração das vacas.

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Nos próximos meses, a Cargill e a Zelp, fundada em 2017 por dois irmãos argentinos criados em fazenda de gado em Buenos Aires, motivados pelo desejo de tornar a indústria de carne e laticínios mais sustentável, vão fazer testes adicionais antes de colocar o produto no mercado.

Os testes vão ocorrer no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Cargill, na Bélgica, e na Universidade de Wageningen, dos Países Baixos, uma das principais universidades do mundo em agricultura, meio ambiente e alimentação saudável.

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Segundo informações do site da Zelp, a máscara é recomendada para bovinos a partir dos 6 a 8 meses, ou após o desmame e será oferecida aos produtores mediante uma assinatura, cujo valor ainda não foi definido. Com uma célula solar e um gerador termoelétrico, o dispositivo deve funcionar por quatro anos, sem precisar ser recarregado.
Source: Rural

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