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Um juiz norte-americano rejeitou proposta de 2 bilhões de dólares da Bayer em troca de um acordo que resolveria todos processos futuros envolvendo alegações de que o herbicida Roundup causa câncer, afirmando em decisão publicada nesta quarta-feira que partes do plano são "claramente irracionais".

O juiz Vince Chhabria, do Tribunal Distrital de São Francisco, disse que a proposta "traria muitas vantagens para a Monsanto", companhia adquirida pela Bayer por 63 bilhões de dólares em 2018, e "muito menos para os usuários do Roundup" que estão saudáveis neste momento.

O acordo suspenderia por quatro anos litígios que relacionam o Roundup ao linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer. Além disso, impediria todos os usuários do herbicida de buscar indenizações punitivas ao final do período de "pausa" dos processos.

Embalagens do Roundup para venda; produto tem gerado diversas disputas judiciais para a Bayer (Foto: REUTERS/Mike Blake)

 

Em troca, os usuários do produto teriam direito a exames médicos gratuitos e compensações caso fossem diagnosticados com linfoma não-Hodgkin.

O acordo proposto em ação coletiva tinha como foco pessoas já expostas ao herbicida, caso ficassem doentes no futuro.

Em movimento feito em separado, a Bayer reservou até 9,6 bilhões de dólares para processos já em andamento que envolvem pessoas que culpam o glifosato –principal ingrediente ativo do Roundup– por suas doenças.

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O presidente-executivo da empresa disse a analistas neste mês que já foram fechados acordos para 90 mil ações, e que outros 30 mil processos ainda estão sendo negociados.

A Bayer tem afirmado que décadas de estudos mostraram que o Roundup e o glifosato são seguros para o uso humano. A companhia não respondeu a um pedido por comentários sobre a decisão judicial desta quarta-feira.

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Source: Rural

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