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A alta nos custos de produção e o clima seco prometem limitar a oferta e impulsionar os preços do leite no campo, apontou pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).

Assim, a expectativa é de que o movimento de valorização ganhe força já no pagamento de maio (que se refere à captação de abril), fazendo os preços ultrapassarem o patamar de R$ 2 pelo litro.

Margens apertadas têm aumentado abate de vacas, com produtores reduzindo produção de leite (Foto: iStockphoto)

 

"Como é de se esperar, o menor volume de chuvas nesta época do ano diminui a disponibilidade e a qualidade das pastagens, afetando negativamente a alimentação  volumosa do rebanho e a produção de leite", observam os pesquisadores, reforçando a maior intensidade da seca em 2021.

Conforme o estudo, as margens apertadas têm levado muitos produtores a aumentar o abate de vacas, uma vez que as cotações no mercado de corte estão atrativas. A decisão, porém, é um indicador de que a produção de leite deve demorar a se recuperar, diz o Cepea.

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Além disso, a desvalorização do real frente a outras moedas tem limitado as importações de lácteos, favorecendo a maior competição entre indústrias pela matéria-prima. Já as exportações mais do que dobraram em abril frente ao mesmo período de 2020.

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira registrou alta de 0,48% em abril, informou o Cepea. Foi o 20º mês consecutivo de aumento para o setor. No acumulado de 2021, a “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) já subiu 8,01%.

O produtor de leite também perdeu poder de compra em relação ao milho – pelo quarto mês seguido. Em abril, foram necessários 48,97 litros de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg do cereal, a relação de troca mais desfavorável ao produtor desde janeiro de 2011.

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Preços

Quanto aos preços, o valorno mercado spot de Minas Gerais subiu 1,7% entre a primeira e a segunda quinzena de abril e mais 7,5% na primeira quinzena de maio (atingindo a média de R$ 2,20 pelo litro.

Os preços dos derivados lácteos comercializados no atacado de São Paulo apresentaram alta pelo segundo mês consecutivo. O leite UHT teve média de R$ 3,07/litro, enquanto o leite em pó fechou a R$ 21,56/kg em abril, aumentos de 0,99% e de 1,92%, respectivamente.

O preço do queijo muçarela também subiu no mercado atacadista de São Paulo, com média de R$ 21,64/litro, acréscimo de 3,74% no mesmo comparativo.

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Source: Rural

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