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(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

*Publicada originalmente na edição 426 de Globo Rural (maio/2021)

Em maio, a previsão é de que a região Centro-Sul tenha chuva abaixo da média. Por outror lado, toda faixa norte da Região Norte terá precipitação acima da média, em grande parte por influência da posição mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

O interior do Norte e do Nordeste terá chuvas irregulares, com menos precipitação que a média histórica. No Espírito Santo, as chuvas serão mal distribuídas, mas vão acumular volumes acima da média, podendo impactar negativamente na colheita do café.

No Sul, a chuva permanecerá abaixo da média nos três Estados. A primeira onda de frio é esperada para a segunda quinzena do mês. Porém, maio será marcado por poucas frentes frias e chuvas mal distribuídas na região, podendo afetar as culturas de inverno. A temperatura fica acima da média, especialmente no interior do Paraná, podendo impactar nos campos de trigo.

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No Sudeste, a menor quantidade de frentes frias deixará a chuva abaixo da média em São Paulo e no sul de Minas. Como consequência, essas áreas ficarão com mais calor que o normal nesta época do ano. No Espírito Santo, a chuva deve ser mal distribuída ao longo do mês, mas acumulando volumes elevados em poucos dias e fechando o mês acima da média.

No Centro-Oeste, o mês de maio é marcado pelo início da estação seca na região, com poucos episódios de chuva acontecendo e acumulando volumes pluviométricos abaixo da média climatológica. Os dias terão predomínio de tempo seco, com pouca nebulosidade e bastante calor ao longo do mês. A falta de precipitações poderá impactar na produtividade do milho de segunda safra.

Mapa meteorológico (Foto: Informações: Climatempo)

 

No Nordeste, o litoral do Maranhão terá muitos dias de chuva volumosa no primeiro decênio, diminuindo ao longo mês. Entre o litoral do Piauí, do Rio Grande do Norte e da Bahia, a chuva será frequente ao longo do mês, mas acumulando volumes abaixo da média histórica. No interior da região, o tempo deve ficar seco, podendo afetar negativamente as lavouras de milho que foram plantadas em abril.

No Norte, a ZCIT mais ao norte mantém o tempo chuvoso no norte do Pará e do Amazonas, no Amapá e em Roraima, com chuvas generalizadas e poucos dias sem precipitações no mês, ficando acima da média histórica. No leste do Amazonas, interior doPará,Tocantins enorte de Rondônia, a chuva será mais irregular ao longo do mês, com acumulados abaixo da média.

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Mundo

América do Norte: As condições serão adversas para as atividades agrícolas e pecuárias. Apenas o Meio-Oeste e o litoral do Atlântico, ao norte, receberão chuvas mais intensas. Nas
demais regiões, a previsão é de estiagem. O México também se apresentará predominantemente seco.

África: Quase todo o território permanecerá dentro dos valores pluviométricos médios. A exceção é a região equatorial, onde as chuvas serão abundantes.

Europa:  A Europa Ocidental e do Leste não apresentarão anomalias, mantendo-se dentro dos padrões pluviométricos. O clima beneficiará o plantio de cereais e dos tubérculos.

Ásia: A estiagem ocorrerá em todo centro da Rússia, alcançando o Japão. O restante do território asiático, inclusive o Oriente Médio, permanecerá dentro de suas médias históricas.

Indonésia O país em quase toda sua totalidade viverá um maio muito seco. A Austrália, por sua vez, não apresentará anomalias significativas.

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Neutralidade climática

O serviço de meteorologia do governo da Austrália (Australian Government Bureau of Meteorology) informou que a maioria dos indicadores associados ao ENSO (El Niño/Oscilação Sul) passaram de La Niña para neutro. Em outras palavras, o fenômeno La Niña chegou ao fim e o Oceano Pacífico equatorial voltou para a condição de neutralidade.

Os modelos climáticos indicam que o Pacífico equatorial permanecerá em situação de neutralidade climática pelo menos até o final do inverno. Isso não pode ser traduzido em normalidade de chuvas, apenas quer dizer que a atmosfera fica mais sensível a outros fatores.

Para a agricultura em geral, uma consequência da neutralidade é o atraso no frio. Com esse atraso, aumentam as chances para as geadas tardias no segundo semestre do ano.
Source: Rural

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