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(Foto: Marcos Correa/PR/Divulgação)

 

Representantes e especialistas no agronegócio ouvidos por Globo Rural fizeram avaliação positiva do discurso do presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (22/4), na Cúpula do Clima, convocada pelo presidente americano Joe Biden e transmitida via internet.

Francisco Maturro, vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), disse que o presidente foi muito bem no discurso. "O Brasil está novamente inserido no cenário mundial", disse Maturro.

Especialista em agronegócio e professor da Faculdade de Economia e Administração da USP-Ribeirão, Marcos Fava Neves também avaliou de forma positiva a participação do governo brasileiro. Em sua avaliação, o discurso deixou clara a realidade brasileira e ressaltou que o país já contribui de forma forte na questão climática mundial, liderando em energias renováveis e novas tecnologias.

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“Tocou no ponto mais crucial que é a redução do desmatamento ilegal e finalizou com um chamado para investimentos no desenvolvimento sustentável do Brasil. Penso que pontes estão sendo construídas, e todos subiram de andar na questão ambiental”, avaliou Neves.

Já a Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-Brasil) disse que não vai se pronunciar “por enquanto”. A entidade empossou na última terça-feira (20/4) seu novo presidente, Antonio Galvan. Também procurada, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) não comentou.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, citou em seu perfil no Twitter o trecho do pronunciamento em que Bolsonaro cita o país como promotor de uma “revolução verde no campo”, produzindo mais com menos recursos.

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O deputado federal Sergio Souza (MDB-PR), líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), elogiou o tom "mais moderado" de Bolsonaro no discurso e aprovou a cobrança feita pelo presidente para o pagamento de serviços ambientais prestados pelo Brasil.

Mais cedo, ele destacou a importância de um equilíbrio entre o agronegócio e a preservação ambiental ao dizer, em entrevista à CNN Brasil, que “não pode haver competição entre produção de alimentos e preservação do meio ambiente”.

O dirigente também se posicionou contra o desmatamento ilegal, queimadas ilegais e ocupação de terras públicas e indígenas. E afirmou que “há muito folclore” na responsabilização do produtor rural nas questões de poluição ambiental, já que o país ocupa apenas 7% do território nacional com agricultura e 22% com a pecuária.
Source: Rural

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