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Mercado de figo do Canadá movimenta cerca de US$ 31 milhões todos os anos (Foto: Rogério Albuquerque)

 

*Publicada originalmente na edição 424 de Globo Rural (março/2021)

A proximidade com o Aeroporto de Guarulhos confere aos produtores de figo do interior de São Paulo uma vantagem importante em relação às demais regiões do país onde a fruta é produzida: o acesso ao comprador estrangeiro. E, para alguns países específicos, a venda brasileira da fruta só cresce. É o caso do Canadá, que aumentou em 36,6% suas importações em 2020, com 76,7 toneladas. Segundo dados do Ministério da Agricultura, foram 1,2 mil toneladas em 2020 – uma queda de 14,6% ante 2019 e reflexo da pandemia.

“Estou há cinco anos no mercado e todo ano vejo o Canadá crescendo e comprando mais e mais. Desde que a gente começou com o Canadá, todo ano aumenta o volume de vendas”, conta o produtor Matheus Lacarini. Com cerca de 50 hectares plantados com figueiras em Valinhos, no interior de São Paulo, ele atende ao mercado canadense desde 2016. “É como se fala na Europa: O Canadá é vários países. Tem Montreal, tem Vancouver, tem Toronto, então a gente tem muita oportunidade no Canadá para frutas”, completa.

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Segundo o consultor Marcelo Corrêa, que auxilia produtores brasileiros interessados em entrar no mercado canadense, o mercado de figo do Canadá movimenta cerca de US$ 31 milhões todos os anos, dos quais o Brasil respondeu por cerca de US$ 340 mil em 2019. “Ou seja, ainda tem um mercado enorme para explorar”, avalia Corrêa. Ele explica que a janela de exportação do Brasil para o país, entre dezembro e maio, beneficia-se da entressafra europeia e de uma menor oferta no mercado internacional.

“O que mudou dos últimos anos para cá é que não temos mais o pó na fruta, por causa do sulfato da calda bordalesa. Então mudou o aspecto na gôndola”, observa Lacarini. O aspecto fosco causado pelo manejo de pragas e doenças deu lugar ao uso de enxofre, cobre e outras substâncias que preservam a aparência do produto.

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“O Canada é um mercado muito aberto, então é uma questão da qualidade do produto que chega aqui. Neste último ano mesmo, eu tive pouquíssima reclamação do figo brasileiro por parte dos importadores, o que mostra que a qualidade do Brasil é boa”, conclui Corrêa.
Source: Rural

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