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Terminal de transbordo de grãos da Bunge, em Miritituba (PA). Empresa vai monitorar fornecedores indiretos de soja (Foto: Divulgação)

 

A multinacional Bunge anunciou, nesta quarta-feira (3/3), a implantação de um sistema para monitorar a soja adquirida de fontes indiretas no Cerrado brasileiro. Em nota, a empresa informou que a iniciativa faz parte de um compromisso voluntário para ter cadeias livres de desmatamento até o ano de 2025.

A Bunge informa que já possui rastreabilidade de 100% das suas compras diretas no Brasil. Parte dos fornecedores é monitorada via satélite. Nos que não são monitorados dessa forma, a garantia de compra de soja livre de desmatamento ilegal é feita por meio de outros instrumentos, como o acompanhamento de embargos de áreas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

No Cerrado, 96% dos fornecedores diretos de soja têm suas propriedades monitoradas via satélite, de acordo com a Bunge. No sindiretos, a proporção é de 30%. A meta é ter o monitoramento de todos os fornecedores. No programa com os indiretos, a estratégia será a de compartilhar com revendedores de grãos o que entende ser as melhores práticas.

“Valorizamos nossa parceria com revendas e produtores para tornar nossa cadeia cada vez mais produtiva e sustentável e acreditamos que soluções em escala e com impactos permanentes só são possíveis com a participação e o engajamento de todos os parceiros da cadeia de valor, dos produtores aos clientes", diz Rob Coviello, vice-presidente Global de Sustentabilidade da Bunge, na nota.

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A estratégia de monitoramento prevê, entre outras ações, a utilização de imagens de satélite das propriedades. De acordo com a empresa, um projeto piloto será colocado em prática em parceria com a Agrícola Alvorada. Os dados das propriedades que têm negócios com a revenda foram incluídos no sistema da multinacional.

No comunicado, a Bunge destaca ainda que utiliza os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para obter informações das propriedades e seus limites, através das quais observa as mudanças na utilização do solo. Segundo a empresa, as revendas parceiras poderão usar o mesmo sistema para monitorar seus fornecedores.

"As revendas de grãos possuem papel importante ao viabilizar o acesso de pequenos e médios produtores ao mercado. Ao auxiliá-las a implantarem sistemas de rastreabilidade e monitoramento contribuímos com todo o setor", explica Roberto Marcon, diretor de Originação da Bunge, na nota.
Source: Rural

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