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Gulfood foi realizada em meio às restrições trazidas pela pandemia de Covid-19 (Foto: Divulgação/Apex Brasil)

 

Representantes de empresas brasileiras fizeram uma avaliação positiva dos negócios durante a edição deste ano da Gulfood. A feira internacional do setor alimentício foi realizada nesta semana, em Dubai, nos Emirados Árabes.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Brasil foi representado por cerca de 50 empresas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria brasileira de aves e suínos, estimou a realização de US$ 13,25 milhões em negócios durante o evento.

Para os próximos 12 meses, há um potencial projetado de mais de US$ 129,5 milhões como consequência da presença das empresas em Dubai.

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Segundo a ABPA, a participação foi viabilizada em parceria com a Apex-Brasil. Foi montado um espaço de 360 metros quadrados com estruturas para rodadas de negócios e locais de degustação. O presidente da entidade, Ricardo Santin, destaca, em nota, que o momento atual é de aumento das exportações para o Oriente Médio.

Ele acrescenta que a implantação de medidas restritivas na feira acabou deixando a edição deste ano mais concentrada na realização de negócios e consolidação de resultados. “Ao mesmo tempo, cumprindo todos os protocolos, promovemos a qualidade e os diferenciais do nosso produto. Em um momento de forte tensão global, os resultados alcançados na Gulfood são a sinalização da manutenção do momento positivo para o setor em 2021."

A Copacol, no Paraná, tem na região do Oriente Médio o terceiro principal destino de seus produtos. A cooperativa mantém, desde 2018, uma representação comercial em Dubai, nos Emirados Árabes, e avalia a Gulfood como uma oportunidade de ampliar negócios.

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“Estávamos ansiosos por mais uma edição da Gulfood para avaliarmos a situação atual e ficamos surpresos – de uma maneira positiva – em relação a novas parcerias”, afirma o diretor presidente da Copacol, Valter Pitol, também em nota.

Sem mencionar números, o superintendente comercial da Copacol, Valdemir Paulino dos Santos, diz, no mesmo comunicado, que a edição deste ano foi importante para sinalizar uma retomada dos negócios.

“Em função da pandemia no mundo, as viagens ficaram restritas. A movimentação obviamente ficou menor que em edições anteriores. No entanto, houve um progresso e agora podemos retomar nosso diálogo com países parceiros”, afirma.

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Representada pelo seu escritório em Dubai, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), avalia, em nota que a Gulfood 2021 deixou um clima de otimismo, com a expectativa de retomada de negócios no Oriente Médio.

“É muito difícil vender alimentos sem a possibilidade de o comprador degustar o produto e atestar ele mesmo a qualidade. Mesmo com a feira menor este ano, o objetivo de avançar nas negociações foi alcançado", diz o chefe do escritório internacional da CCAB, em Dubai, Rafael Solimeo, no comunicado.

De acordo com a Câmara, dos participantes brasileiros na feira, 15 eram associados à entidade. O relato é de que, mesmo com as restrições trazidas pela pandemia de Covid-19, a presença na feira viabilizou contatos de negócios considerados promissores. 

"Importadores que antes atuavam só com soja ou açúcar estavam considerando importar, também, produtos como carne e alimentos industrializados, sinal de demanda aquecida e de oportunidades", diz ele.

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Halal

Omar Chahine, diretor comercial da Cdial Halal, também avalia que a Gulfood foi positiva para a participação brasileira. A empresa da qual ele é executivo realiza a certificação de produtos de acordo com as tradições muçulmanas. Chahine diz que a circulação nos estandes era visivelmente menor, mas a disposição para fechar negócios era maior.

“As empresas tiveram menor número de pessoas, mas tiveram mais tempo para trabalhar com o cliente. O cliente foi para comprar. Ninguém se arriscaria a viajar se não fosse para fechar negócio”, avalia o executivo.

O trabalho dele no evento era, de um lado, prospectar clientela entre empresas que ainda não tem certificação para oferecer essa possibilidade. De outro, explicar e garantir que o o processo foi realizado, quando uma empresa já certificada como halal era procurada por algum cliente em potencial.

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A base do trabalho da Cdial Halal, explica Chahine, é a da confiabilidade prometida pela certificação. Tanto para os comprdores que já trabalhem com a comunidade muçulmana quanto para os que não trabalhem, mas têm no certificado um refrencial de procedência.

“As empresas estão começando a enxergar essa necessidade e optaram por ter a certificação halal mesmo sem o cliente exigir, por entenderem que a possibilidade de vender é maior”, garante Chahine.

De acordo com o executivo da Cdial Halal, o Brasil é o maior exportador mundial de produtos preparados de acordo com as tradições muçulmanas. Mas o espaço para ampliar a certificação de empresas brasileiras ainda é grande. Chahine estima que, atualmente, menos de 50% sejam certificadas halal. A maioria delas, de alimentos.

“Temos muito trabalho pela frente. Há muitas empresas que não têm a certificação ou porque não quer ou porque não conhece ou não sabe como funciona”, diz ele.
Source: Rural

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