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Mata Atlântica responde por 90% do que foi restaurado nos projetos da TNC (Foto: Globo Rural)

 

Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica receberam 265 milhões de árvores a partir de projetos da The Nature Conservancy (TNC) nas últimas duas décadas. Em parceria com governos, sociedade civil e iniciativa privada, 90% da restauração aconteceu na Mata Atlântica, com mais de 3 milhões de árvores para a restauração, equivalente a cerca de 1.240 hectares.

Rubens Benini, líder da estratégia de restauração florestal na TNC América Latina, conta que o projeto Coalizão Cidades pela Água tem como objetivo garantir a oferta de água de qualidade e em quantidade para cerca de 60 milhões de brasileiros por meio da conservação e restauração de mananciais.

“Foram 124 mil hectares de florestas conservados, restaurados e sob melhores práticas de uso do solo, a maior parte na Mata Atlântica”, diz ele, em entrevista a Globo Rural.

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A iniciativa faz parte do movimento Restaura Brasil, criado em 2018 com a meta de restaurar um bilhão de árvores até 2030, o equivalente a 400 mil hectares. Benini revela que, já para 2021, o objetivo é trazer ao menos mais 10 milhões de árvores para os três biomas. “Esse número pode ser ainda maior, mas depende muito da captação de recursos”, pondera.

Para que o plantio seja viabilizado, as áreas em processo de restauração são mapeadas e inseridas em uma plataforma de acompanhamento que fornece uma série de informações, como a localização exata de cada projeto, número de árvores e indicadores ecológicos. As áreas são monitoradas por até cinco anos, até que estejam aptas a se autoperpetuar.

Na Amazônia, foi restaurado o equivalente a 1.046 campos de futebol, no projeto Cacau Floresta. Já no Cerrado, o trabalho tem se concentrado em Mato Grosso, cujo objetivo é contribuir para que o governo do Estado atinja sua meta de restauração de 2,9 milhões de hectares da sua agenda PCI (Produzir, Conservar e Incluir) até 2030.

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Nestes biomas, a recuperação de pastagens e o aumento da produtividade agrícola estão intimamente ligados à restauração florestal, segundo o líder da TNC. “Com o aumento de produção agropecuária, o produtor rural opta por destinar seus recursos e mão de obra para área com maior aptidão agrícola, abandonando áreas marginais, que muitas vezes acaba por trazer a floresta de volta, via condução da regeneração natural, com menor custo na restauração”, diz Benini.

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Source: Rural

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