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(Foto: TV Brasil/Divulgação)

 

Considerado essencial em época de pandemia, o setor florestal não parou. Pelo contrário, alguns segmentos como o de celulose, embalagens e materiais de higiene pessoal registraram maior demanda em 2020. A área de móveis de madeira e pisos laminados, que computou queda nos primeiros meses do ano, viu as vendas reaquecerem a partir de junho.

“Com o home office massificado, o tempo dentro de casa se estendeu e as pessoas passaram a dar mais atenção para seu conforto”, diz o embaixador José Carlos da Fonseca Júnior, diretor executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

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Atualmente, mais de 70% dos produtos florestais são exportados. A celulose é o carro-chefe. No ano passado, a commodity foi o terceiro item de maior importância na balança comercial do agro e trouxe US$ 7,5 bilhões ao país.

A expectativa global era de recuperação dos preços da celulose, o que não aconteceu, por causa da Covid-19 e da consequente queda da demanda no mercado de papéis de imprimir. “Mas o Brasil é competitivo, produz (celulose) com o menor custo e ganhou até market share”, diz Andrés Padilha, analista de celulose do Rabobank.

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De janeiro a outubro, as vendas externas de celulose cresceram 4,7% em volume. O movimento de alta deve continuar em 2020. O Rabobank prevê um incremento de 2 milhões de toneladas no consumo mundial. “Esperamos a vacina no primeiro semestre, o que deve normalizar várias atividades e reaquecer a economia global”, diz o analista.

Com 8,3 milhões de hectares plantados de eucalipto e pínus, o Brasil tem uma das maiores produtividades do mundo: 35,3 m³/ha e 31,3 m³/ha, respectivamente. Isso confere ao país protagonismo e atrai investimentos. “Estão previstos aportes de R$ 35,5 bilhões até 2023, destinados para florestas, novas fábricas, expansões, tecnologia e ciência”, diz Fonseca Júnior.

 
Source: Rural

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