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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

A escassez de animais prontos para abate registrada em 2020 deve se manter ao longo do próximo ano, agravada pelo atraso nas chuvas nas principais regiões produtoras do país e, consequentemente, na disponibilidade de animais, responsáveis por mais de 80% da oferta nacional.

“Muito provavelmente o primeiro trimestre será de oferta em baixa, seja por questões mercadológicas, como o ciclo pecuário, com menor abate de fêmeas, seja por questões climáticas, que muito provavelmente vão impactar a oferta de boi a pasto”, explica Caio Toledo, analista de pecuária da Stonex.

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Diante desse cenário, as perspectivas são de preços ainda em alta para a arroba bovina no próximo ano, com médias acima do registrado em 2020, segundo prevê Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria.

“Essa alta é resultado de uma oferta consistentemente menor, devido à retenção de fêmeas após a valorização do bezerro desde meados de 2018 e que veio na esteira da alta do boi gordo com o aumento das exportações para China”, explica.

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A partir das projeções do Banco Central para a economia em 2021, que preveem crescimento de 3,3% no PIB, o mercado espera a recuperação do consumo interno, embora ainda abaixo dos patamares pré-pandemia, com 7,84 milhões de toneladas em equivalente, segundo previsão do Centro de Inteligência da Carne da Embrapa (Cicarne).

“Mesmo estando num período de maiores giros de confinamento e possibilitar a maior oferta de animais, o volume esperado ainda é aquém da demanda. Para o primeiro trimestre de 2021, a previsão ainda é de escalas apertadas e pouca oferta de gado, uma vez que a disponibilidade de animais segue restrita”, lembra o pesquisador do Cicarne, Guilherme Malafaia.

 

Nas exportações, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já alertou para a estabilização da demanda chinesa por carne bovina, o que deve fazer com que as exportações brasileiras desacelerem paralelamente ao aquecimento do mercado interno.

Após dobrarem de volume em 2020, as previsões são de um crescimento de 5,5% nos embarques brasileiros para a China no próximo ano, segundo projeção do Rabobank. “Ao longo de 2021, nós temos um cenário que não deve ser de grande oferta, exportações mais calmas e, no consumo doméstico, que talvez nos surpreenda”, resume Neto.

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Source: Rural

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