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O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e o atual presidente e candidato derrotado nas últimas eleições, Donald Trump (Foto: Globo Rural)

 

“As grandes dores são mudas.”
Khalil Gibran

A geopolítica, desde a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, tornou-se no dia-a-dia refém dos humores da Casa Branca. O “USA first” desmontou as relações internacionais, duramente conquistadas pós II Grande Guerra, fragilizou a OMC – Organização Mundial do Comércio; lesionou o projeto Transpacífico; gerou uma nova guerra fria entre os Estados Unidos e a China e instalou na cabeça das pessoas, vivendo em diferentes continentes no mundo, que precisavam fazer uma escolha: Nós (EUA) ou eles (China).

A escolha, forte componente emocional, carrega dose pesada de ideologia, que já vem contaminando países como o Brasil há anos.

A lógica recomendava olhar o comércio internacional. China e Brasil são complementares e os Estados Unidos e Brasil são concorrentes. E daí? Já havíamos passado antes por outra, entre Israel e Países Árabes.

A princípio, o Brasil mostrou-se titubeante, com fortes declarações ideológicas. As reações aconteceram aqui e acolá e é nítido que precisamos mudar esse comportamento, para o nosso próprio bem.

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Vieram as eleições norte-americanas e o governo brasileiro, através de seu Presidente, fez a opção por Donald Trump. E agora?

As perguntas estão colocadas por que, na prática, há o recuo ou há o ajuste. O Brasil não precisa se amparar em nenhum país, pois é essencial supridor de alimentos, fibras, energia e de outros produtos, de interesse global! O Brasil precisa, sim, de uma OMC atuante, que combata protecionismos e subsídios.

Para isso não são necessários malabarismos retóricos. Basta defender o país naquilo que é fundamental. E isso impõe ouvir os setores produtivos, que serão atingidos caso os países compradores se sintam agredidos.

É preciso olhar e agir nas reformas essenciais para que o Brasil rompa, sustentavelmente, a medíocre taxa de crescimento anual da economia.

Antes de mais nada, ode à Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, voz competente e sóbria; aplausos às Associações do agro que se posicionaram sobre Amazônia e outros temas sensíveis.

Verde é esperança não é ideologia. Meio ambiente sustentado é vida, não é religião. O agro é o verde, o agro é vida!

O mundo quer paz e o agro precisa dela para se desenvolver. Lideranças políticas têm que abraçar os motores de seu país.

Não há dúvida! Isso elegeu Joe Biden nos Estados Unidos.

Não tenham dúvidas! Assim será nos próximos anos.

Mãos à obra. O agro é agora!

*Ex-presidente e diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG)
Source: Rural

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