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(Foto: Site Santo Augusto Urgente)

 

 

 

Gafanhotos estão atacando e destruindo lavouras de soja no noroeste do Rio Grande do Sul. Diante do avanço dos insetos sobre a safra recém-plantada, os produtores pedem ajuda das autoridades para conter os insetos e amenizar as perdas.

Segundo Luiz Carlos Pommer, técnico em agricultura do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Augusto (RS), pelo menos três agricultores de São Valério do Sul (RS) já relataram ataque a plantas de soja. Ele conta que os insetos migraram para as lavouras depois de comerem praticamente todas as folhas de timbó às margens das propriedades.

"Eles deixaram só o talo e o tronco das árvores. E, na medida que vai secando essas plantas, estão começando a migrar para a soja. Desde sábado, começaram a comer a beiradas das lavouras", relata o técnico.

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Ele também observa que há focos de ninfas e de gafanhotos em fase de procriação, o que só aumenta a preocupação. "São muitos e cada um pode colocar de 100 a 200 ovos. Ou seja, pode triplicar a população destes insetos. Outra informação que recebemos de fiscais do Estado é que não são insetos vindos da Argentina, mas sim originários do RS, o que é ainda mais grave", ressalta Pommer.

Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, o agrônomo Ricardo Felicetti confirma que os surtos relatados pelos produtores não têm relação com a nuvem de gafanhotos localizada na Argentina, perto da fronteira com o Brasil.

(Foto: Site Santo Augusto Urgente)

 

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A nuvem avistada no país vizinho fica perto da cidade gaúcha de Porto Xavier, que fica a cerca de 170 km de Santo Augusto e, segundo informações da secretaria, não era formada por espécies migratórias.

“São infestações pontuais de espécies locais que ocorrem normalmente em anos mais secos como esse. Não são espécies migratórias e até agora os relatos são de danos apenas a vegetações naturais e não a plantações", observa Felicetti.

Conforme Felicetti, os levantamentos preliminares indicam infestações descentralizadas, não passíveis de formação de nuvens. A suspeita é que se trata de uma espécie endêmica e comum.

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"A preocupação maior é a ocorrência de surtos de Schistocerca cancellata, já que o potencial de infestação e danos é maior. Há equipes diligenciando a região para o monitoramento e orientação aos produtores. A secretaria está avaliando as medidas necessárias de resposta, havendo necessidade", explica.

A Secretaria também orienta que, caso detecte registros na propriedade, o produtor entre em contato com a pasta ou com a rede de vigilância, composta pelas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária da secretaria e os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.
Source: Rural

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