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(Foto: Divulgação)

 

A mudança para uma alimentação com mais vegetais e menos produtos de origem animal pode gerar 19 milhões de empregos na América Latina e no Caribe, além de ser decisiva para garantir uma economia com zero emissão de carbono.

É o que aponta estudo da Organização Internacional do Trabalho, em parceria com o Banco de Desenvolvimento Inter-Americano. A pesquisa fez a estimativa considerando a adoção de alimentos vegetais cultivados com métodos agrícolas sustentáveis pelos países.

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De acordo com o relatório, a substituição de dietas baseadas em produtos de origem animal para uma baseada em vegetais resultaria, até 2030, na perda de cerca de 4,3 milhões de empregos na América Latina e no Caribe, mas o saldo positivo da cadeia à base de vegetais seria suficiente para absorver a demanda.

Por outro lado, o estudo cita que não há garantias de que os trabalhadores da indústria de carnes, aves, peixes e produtos lácteos migrem imediatamente para o novo sistema, mas destaca a importância de investimentos em treinamentos para facilitar o processo.

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Atualmente, o setor da pecuária na América Latina tem crescido 3,7% por ano, acima da taxa média de crescimento global de 2,1%. No Brasil, o consumo per capita chega a 42,12 kg anuais, o que faz do país o sexto que mais consome carne no mundo.

Mas, segundo o Breakthrough Institute, há uma transição em andamento. Nos Estados Unidos, a indústria de alimentos feitos de plantas gera mais de 60 mil empregos e, até 2030, a previsão é de que o mercado cresça quase 10 vezes, gerando quase 200 mil empregos.

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Saúde e meio ambiente

Os efeitos da crise climática devem acelerar a transição na produção de alimentos. Estudo feito pela Beyond Meat em parceria com a Universidade de Michigan afirma que, comparado à produção de um bife de origem animal, a carne vegetal emite 90% menos gases de efeito estufa, 99% menos água, 93% menos terra e 46% menos energia.

Outro ponto importante para a transição, segundo especialistas, é a preocupação com riscos de transmissão de doenças de animais para seres humanos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 60% das novas doenças infecciosas se originaram em animais.

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“A América Latina tem algumas das maiores empresas de proteína animal do mundo, com alta capacidade de execução e distribuição e a potência do nosso agronegócio já é reconhecida como uma das responsáveis por alimentar grande parte da população mundial. Ainda temos startups, cientistas e pesquisadores trabalhando para inovar. Não esperamos menos do que a liderança no setor de proteínas alternativas na região”, afirma Raquel Casselli, gerente de Engajamento Corporativo do The Good Food Institute (GFI) no Brasil.
Source: Rural

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