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Nesta quinta-feira (15/10), ONU celebra o Dia Internacional da Mulher Rural (Foto: Reprodução/Twitter)

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou que as mulheres do meio rural ainda sofrem com a discriminação, racismo sistêmico e pobreza estrutural, apesar de seu papel crucial na nutrição e na segurança alimentar. Ele fez a declaração por meio de seu perfil no Twitter.

“Muitas mulheres rurais sofrem com discriminação, racismo sistêmico e pobreza estrutural, a despeito de seu papel crucial na segurança alimentar e na nutrição. Nós precisamos investir nas mulheres rurais para que possam ter acesso à cuidados com a saúde, proteção social, informação e aos serviços de que precisam”, disse Guterres.

Nesta quinta-feira (15/10), é celebrado o Dia Internacional da Mulher Rural, data reconhecida pelas Nações Unidas. O tema deste ano é “Construindo a resiliência das mulheres rurais após a Covid-19”, trazendo o contexto da pandemia para o cenário de desigualdade social que, de acordo com a ONU, atinge muitas mulheres que vivem em zonas rurais pelo mundo.

(Foto: Reprodução/Twitter)

 

Em comunicado alusivo à data, a UN Women, braço das Nações Unidas para discussão de questões ligadas à igualdade de gêneros, destaca que a ideia é “construir um retorno melhor” fortalecendo o bem-estar e o modo de vida mais sustentável das mulheres rurais. A agência reforça a visão das Nações Unidas em relação ao importante papel dessas mulheres na segurança alimentar.

“Elas têm estado na linha de frente da resposta à pandemia, ainda que seus cuidados e serviços domésticos não remunerados tenham aumentado sob os lockdowns, que a mobilidade esteja restrita, que as cadeias de suprimento estejam interrompidas e o clima e conflitos agravem os impactos das Covid-19”, diz o comunicado.

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Na visão da ONU, o trabalho das mulheres rurais, além de garantir segurança alimentar e nutricional, é importante para conter os efeitos das mudanças climáticas, manejo eficiente de recursos naturais e promover o empreendedorismo. Mas muitas ainda enfrentam um cenário de dificuldades e desigualdade social.

Dados das Nações Unidas mostram que, nos países em desenvolvimento, a agricultura é a atividade mais importante para muitas mulheres. No Sul da Ásia e na África Subsaariana, por exemplo, o percentual delas na atividade rural chega a 60%. Na Europa Oriental e na América Latina, chega a 10%. Na América do Norte e nas demais regiões da Europa, é menos do que 10%. (veja imagem abaixo)

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“Normas discriminatórias de gênero e restrições de recursos aumentam os efeitos negativos da Covid-19 nas vidas das mulheres rurais. Mesmo antes da pandemia, as mulheres ao redor do mundo já faziam três vezes mais trabalho doméstico não remunerado que o os homens. Nas áreas rurais, isso é exacerbado pela falta de infraestrutura e de acesso à água limpa, saneamento e energia”, diz a diretora-executiva da UN Women, Phumzile Mlambo-Ngucka, em comunicado alusivo ao tema do Dia Internacional da Mulher Rural deste ano, divulgado na última terça-feira (13/10).

Ela menciona também que há uma divisão digital de gênero em áreas rurais, o que coloca mulheres e meninas em uma situação de marginalização, dificultando-as o acesso à educação, serviços e a informações vitais para sua segurança. Relata, por outro lado, situações em várias partes do mundo em que o trabalho das mulheres tem sido importante contra os efeitos negativos da pandemia.

“Nesse Dia Internacional da Mulher Rural, nosso compromisso de não deixar ninguém para trás é ainda mais urgente. Devemos usar a crise como uma oportunidade de direcionar atenção e recursos para empoderar as mulheres rurais e eliminar os obstáculos ao seu progresso, para que possamos sair da Covid-19 como uma sociedade mais forte, melhor equilibrada, resiliente e cuidadosa”, diz a diretora-executiva da UN Women, no comunicado.

infografico-onu-mulher-rural (Foto: UN Women)

 
Source: Rural

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