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(Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)

 

A falta de componentes e a menor capacidade de produção diante da pandemia de Covid-19 reduziram em setembro a venda de máquinas agrícolas e caminhões no Brasil. É o que apontou estudo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Nos caminhões, os emplacamentos em setembro (7.411 unidades) caíram 8,29% em relação a agosto (8.081) e 20,31% comparados ao mesmo mês do ano passado (9.300 unidades). No acumulado de 2020, a redução é de 16,21% (de 74.744 para 62.626 unidades).

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“O mercado de caminhões não foi melhor pelos problemas gerados na produção, causados, ainda, pela falta de componentes e pela baixa capacidade de produção nos seus principais fornecedores. Com relação ao crédito, notamos uma boa oferta, com a manutenção de taxas abaixo de 1% e aprovação de 8 para cada 10 solicitações. Com isso, vem crescendo o número de pedidos para 2021”, afirma Alarico Assumpção Júnior, presidente da entidade.

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Quanto aos tratores e máquinas agrícolas, que não são emplacados, a Fenabrave divulgou dados relativos a agosto, após levantamento junto aos fabricantes. A avaliação é de que, apesar da forte demanda em função da safra recorde, a indústria "continua sofrendo com a falta de peças e componentes" e não consegue suprir a demanda.

Em agosto, as vendas (3.983 unidades) tiveram queda de 9,83% na comparação com julho (4.417). Ante o mesmo mês de 2019, a redução chegou a 6,96% (4.281). De janeiro a agosto de 2020, a diminuição é de 5,17% em relação ao ano passado (28.117 unidades contra 26.662).

“Em função da expectativa de crescimento de área plantada em 2,5% para a safra 2020/2021, observamos antecipação de venda da safra, o que garante rentabilidade. Esse aumento de confiança dos produtores eleva a intenção de compra de tratores e máquinas. No entanto, há problemas de fornecimento de componentes e limitação na produção – pelo distanciamento social nas fábricas, o que prejudica o atendimento à crescente demanda”, observa o presidente da Fenabrave.

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Projeções

 

 

Em julho, já sob os efeitos da pandemia, a Fenabrave estimava uma redução nos emplacamentos para o ano, considerando todos os setores, de 35,8%. Agora, a previsão é que 2020 encerre com retração de 25,3%.

Quanto aos caminhões, a primeira estimativa era de crescimento de 24%. Em julho, a perspectiva era uma retração de 18,6%. A revisão mais recente, entretanto, aponta queda de 14,9% nos emplacamentos do setor. Quanto às máquinas agrícolas, as projeções foram mantidas em queda de 5% na produção.
Source: Rural

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