Skip to main content

Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do MS (Foto: Divulgação/Semagro-MS)

 

Os focos de queimadas no Mato Grosso do Sul (MS), inserido no bioma Pantanal, estão sob controle, de acordo com afirmação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado, Jaime Verruck.

Em entrevista a Globo Rural neste sábado (19/9), ele garante que o MS está “numa situação de redução substancial dos focos de queimadas no Pantanal, com apenas 26 focos de pequena intensidade e que estão sendo combatidos, então a situação hoje no Estado, nesse momento, está sob controle”, diz.

saiba mais

“Pantaneiro de chegada”, Renato Teixeira chama de vergonha situação da região

 

Verruck esclarece que, desde agosto deste ano, todo o território sul-mato-grossense está com licenças de queima controlada suspensas, o que faz com que todos os focos de queimadas do Estado a partir deste período sejam consideradas ilegais.

Enquanto a suspensão geralmente acontece entre os meses de agosto e setembro para a região de planalto e de agosto a outubro para o Pantanal, o secretário explica que a gravidade da estiagem em 2020 fez com que a proibição das queimadas fosse estendida para todo o Estado.

“A suspensão de qualquer autorização de queima controlada está suspensa até 30 de outubro para toda região de Mato Grosso do Sul, inclusive porque estamos em período de emergência nos 79 municípios. Portanto, dentro deste periodo, qualquer queima é ilegal”, explica.

“No Mato Grosso do Sul temos 1,2 milhão hectares já queimados, então existe o efeito seca e o efeito queimadas

Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente do MS

O secretário de Meio Ambiente ainda esclarece que o Estado conta com a ajuda do governo federal desde março, quando as queimadas começaram, por meio do Exército, Marinha e os órgãos Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que respondem ao Ministério do Meio Ambiente.

“Recebemos hoje um helicóptero de Minas Gerais, para dar apoio, e também recebemos 39 policiais militares do Corpo de Bombeiros do Paraná e mais oito caminhões-pipa do Paraná para auxiliar, então mostra todo esse processo de integração”, revela.

saiba mais

Fumaça das queimadas já cobre grande parte do Brasil

 

Apoio a produtores

(Foto: José Medeiros/Globo Rural)

 

Jaime Verruck ainda anuncia que está em conversas com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para criar subsídios que apoiem a recuperação de produtores do Pantanal. “No Mato Grosso do Sul temos 1,2 milhão hectares já queimados, então existe o efeito seca e o efeito queimadas. Estamos com problemas de não ter pasto, mas em muitos pontos de também não ter água para esses produtores”, diz ao afirmar que o Mato Grosso do Sul é o principal estado brasileiro produtor de bezerros.

Com o objetivo de amenizar os impactos aos produtores, o secretário, que também cuida da Agricultura Familiar do Estado, afirma que a aproximação com o Mapa visa estruturar uma um programa de retenção de matrizes, ampliação de recursos e acesso a juro baixo.

“Vamos ampliar isso [recurso] aos produtores e aqueles que já têm financiamento, que eles façam prorrogação de suas parcelas. Vamos também buscar uma linha subsidiada com juros extremamente baixos para que eles possam se preparar para o futuro adquirindo máquinas equipamentos e até alguns equipamentos específicos para prevenção de incêndios”, sinaliza Verruck.

Ainda segundo ele, o governo estadual também está apoiando um levantamento para saber qual o impacto das queimadas à biodiversidade, visando programas de restauração e apoio para reabilitação dos animais, com o objetivo de tratá-los e retorná-los à natureza.

 

saiba mais

Fogo mata animais, seca lagoas e danifica fazendas no Pantanal mato-grossense

 
Source: Rural

Leave a Reply