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(Foto: Daniel Igarzabal/Divulgação)

 

Equipes da Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá (MT), do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), órgão que integra o Governo do Estado, e a superintendência local do Ministério da Agricultura visitaram na quarta-feira (9/9) a região do Distrito da Guia, que sofre desde o fim de agosto com ataque de gafanhotos.

Os insetos da espécie Tropidacris collaris têm causado prejuízos à produção de frutas, como manga e caju, além de hortaliças. "Eles vieram aqui e visitamos algumas nas áreas afetadas. Mas ficou combinado que voltarão na sexta-feira (18/9) para uma palestra, com informações que possam ajudar no combate aos gafanhotos", afirmou Josefina de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Quintas do Bandeira, uma das comunidades afetadas, que tem cerca de 380 moradores.

Vídeo mostra nuvens de insetos nas árvores

 

 

 

 

 

A Secretaria da Agricultura da capital mato-grossense não informou quais serão as medidas adotadas para o combater a praga – um dos entraves é que o uso de agrotóxicos pode ser nocivo à população e comprometer as árvores produtivas e até provocar as mortes de animais na região.

A pasta informou apenas que "trabalha em plano de ação direcionado a cada tipo de cultivo e área afetada pelos gafanhotos", e, também, que "o objetivo é também minimizar os impactos ambientais causados pelo uso de inseticidas, evitando a contaminação do solo, da fauna e da população local".

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Quanto ao prejuízo financeiro, a Secretaria reafirmou está sendo realizado um levantamento para averiguar a necessidade de cada produtor. A secretária Débora Marques havia informado à Globo Rural, na terça-feira (8/9), sobre a possibilidade de um auxílio àqueles que não dispõem de outra fonte de renda.

Técnicos visitaram região atacada por gafanhotos no MT (Foto: Associação de Moradores de Quintas do Bandeira/Divulgação)

 

Segundo o Indea, o aumento das queimadas na região pode ser uma das causas do aumento da população de gafanhotos. “"Estes gafanhotos nativos têm menor hábito migratório (do que o sul-americano), mas as revoadas em forma de nuvens podem ocorrer, normalmente decorrente de um desequilíbrio ambiental, desencadeado por alterações climáticas como as queimadas, por exemplo, que acarretam a redução da disponibilidade de alimentos, causando essa movimentação dos insetos para sua sobrevivência", afirmou, por meio de nota.

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Na Argentina, a espécie Tropidacris collaris é conhecida como tucura quebrachera e pode chegar a ter até 17 centímetros. Diferente da Schistocerca cancellata, o famoso gafanhoto que tem formado nuvens e se movimentado constantemente entre as propriedades paraguaias e argentinas, a tucura se desloca de maneira mais lenta e possui menor capacidade de agrupamento e impacto sobre a produção.

Procurado por Globo Rural, o Ministério da Agricultura não informou quais medidas poderia adotar para conter o avanço dos insetos em Cuiabá.

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Source: Rural

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