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(Foto: Anffa Sindical/Divulgação)

 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aceitou se reunir com representantes da Confederação nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins (CNTA) e da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação da CUT (Contac) para discutir as reivindicações dos sindicatos relacionadas às medidas de prevenção e controle da Covid-19 em frigoríficos. O encontro ocorrerá de forma virtual na próxima quarta-feira (09/09).

De acordo com o presidente da CNTA, Artur Bueno Camargo, as entidades entregaram um documento com três reivindicações à ABPA na última segunda-feira (31/8): testagem em massa dos trabalhadores antes da reabertura de unidades fechadas por conta de focos da doença, fornecimento de máscaras adequadas e com troca diária e a redução do número de trabalhadores dentro das unidades a partir da reorganização dos turnos de trabalho.

“Esses três pontos pra nós são essenciais e a gente tem urgência em tentar realmente resolver”, aponta Camargo. As propostas estão sob análise do Conselho da ABPA esta semana.

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Das três medidas defendidas pelos sindicatos, pelo menos duas foram adotadas por frigoríficos na últimas semanas. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a Aurora anunciou a testagem em assa de seus trabalhadores após acordo com o Ministério Público do Trabalho. Nacionalmente, a BRF revisou o Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o órgão no início da pandemia, passando a incluir o fornecimento de máscaras PFF2 no lugar das de tecido, com troca periódica do equipamento.

“Nesses pontos acho que houve, sim, um avanço. Mas tudo isso ainda é insuficiente e não isenta o frigorífico de fazer um sistema de trabalho que reduza a aglomeração”, destaca Camargo. Segundo ele, a maior abertura das empresas em negociar medidas mais protetivas aos trabalhadores durante a pandemia está ligada ao endurecimento dos sindicatos, que lançaram uma campanha internacional para denunciar o aumento do número de casos no Brasil. Caso as negociações não avancem, ele afirma que a orientação é intensificar a campanha.

“Se essa negociação avançar, nós podemos entender que não é mais motivo para acirrar a campanha. Mas se não avançar, vamos ter que continuar pressionando porque não dá mais pra ficar esperando o bom senso das empresas”, conclui Camargo.
Source: Rural

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