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Ministério do Meio Ambiente chegou a anunciar a suspensão de operações de fiscalização na Amazônia e Pantanal (Foto: Reprodução/ TV Globo)

 

Três horas após o anúncio do cancelamento das ações de combate a queimadas e desmatamento na Amazônia e Pantanal, decorrente do corte de R$ 60 milhões no orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente voltou atrás. Em nota, a pasta afirma que “houve o desbloqueio financeiro dos recursos do IBAMA e ICMBIO e que, portanto, as operações de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas prosseguirão normalmente”.

O anúncio inicial do Meio Ambiente foi interpretado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, como precipitação por parte do ministro Ricardo Salles. Mourão é presidente do Conselho da Amazônia Legal. Em entrevista ao jornal O Globo, no entanto, Salles contestou a fala do vice-presidente da República. 

“Não é verdade. Já estava bloqueado e eles desbloquearam agora. Mas não vou ficar discutindo com o vice-presidente, que respeito muito. Eles desbloquearam depois da nota (do ministério)”, disse Salles ao jornal.

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O ministro do Meio Ambiente reiterou ao jornal que tentou dialogar com os ministérios da Casa Civil e  Economia, mas a ordem era retirar dinheiro da fiscalização para subsidiar a criação do Pró-Brasil, plano anunciado pelo governo federal para estimular o crescimento econômico brasileiro após a crise provocada pela pandemia do coronavírus.

“Conversei ontem com o Braga Netto, conversei com Economia e Economia falou que era decisão da Casa Civil e da Segov (Secretaria de Governo). É o que está na nota. Então, é isso. Queriam para o Pró-Brasil, mas não pode tirar do desmatamento. Ia parar tudo na segunda-feira”, reiterou Salles, ainda segundo O Globo.
Source: Rural

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